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Pussy Riot e artista chinês Ai Weiwei são candidatos à Pessoa do Ano da "Time"

10.out.2012 - Integrantes da banda punk russa Pussy Riot (da esquerda para direita) Maria Alyokhina, Yekaterina Samutsevich e Nadezhda Tolokonnikova participam de audiência no tribunal municipal de Moscou que julga recurso contra condenação a dois anos de prisão imposta às três jovens - Natalia Kolesnikova/AFP
10.out.2012 - Integrantes da banda punk russa Pussy Riot (da esquerda para direita) Maria Alyokhina, Yekaterina Samutsevich e Nadezhda Tolokonnikova participam de audiência no tribunal municipal de Moscou que julga recurso contra condenação a dois anos de prisão imposta às três jovens Imagem: Natalia Kolesnikova/AFP

27/11/2012 14h35

O artista dissidente chinês Ai Weiwei e o grupo musical dissidente russo Pussy Riot estão entre os candidatos à "Pessoa do Ano" da revista "Time", que será anunciada no dia 14 de dezembro.

O presidente americano, Barack Obama; o líder sírio, Bashar al Assad; e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, figuram entre os 38 candidatos que a publicação acaba de divulgar.

Apesar de a decisão ser tomada pelos responsáveis editoriais da revista, a "Time" oferece a possibilidade de os internautas de todo o mundo opinarem e votarem no seu candidato favorito até a meia-noite (hora local de Nova York) do dia 12 de dezembro.

O robô "Curiosity", o Bóson de Higgs, os imigrantes ilegais, o paraquedista austríaco Felix Baumgartner; o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg; e o executivo-chefe da Apple, Tim Cook, são outros integrantes da lista.

A lista inclui dois indicados "não humanos": o Bóson de Higgs porque, sem ele, não seríamos mais que "energia incompleta"; e o robô "Curiosity" por ser "o melhor automóvel" do Sistema Solar, apesar do custo de US$ 2,5 bilhões.

Obama e sua reeleição apesar da incerta situação da economia americana, e Mitt Romney, por sua derrota, são outros indicados.

Também estão os imigrantes ilegais nos EUA, cuja situação foi divulgada graças à chamada "Dream Act", uma legislação que, unida ao apoio hispânico em massa a Obama nas eleições, permitiu que no país se possa voltar a falar de uma mudança na legislação migratória.

Assad figura na lista de indicados porque, apesar de poder ser um dos candidatos mais antipáticos, não há dúvida "de seu impacto" nas notícias deste ano, enquanto do norte-coreano Kim se diz que não mudou "o rumo trágico de seu país", mantendo um programa nuclear enquanto a população sofre com a fome.

A menina paquistanesa Malala Yousafzai, baleada por um talibã por causa de sua militância a favor da educação feminina, é outra candidata de destaque.

O magnata dos cassinos Sheldon Adelson, promotor do Eurovegas, figura também na lista, mas por um recorde negativo: ele e sua esposa gastaram US$ 53 milhões para apoiar candidatos republicanos conservadores nas últimas eleições americanas, e todos foram derrotados.