Livro brasileiro revela paralelismos entre noite do Rio e de Madri
Duas jornalistas brasileiras lançaram o livro "Marcha Madrilenha - Crônicas com Dicas para Sair, Beber e se Divertir na Capital Espanhola", que mostra as mil caras da agitada vida noturna da capital espanhola e traça paralelismos com a do Rio de Janeiro.
O livro, publicado pela editora Verve, é um compêndio da intensa experiência noturna das jornalistas Luciana Brum e Marina Gonçalves, que chegaram a Madri no final de 2009 e começo de 2010 respectivamente, e pretende ser uma guia muito pessoal com conselhos para os brasileiros que queiram descobrir os lugares menos conhecidos dessa cidade.
Antes de visitar o Museu do Prado e a Porta de Alcalá, as autoras foram aos bares de Malasaña, bairro do centro, símbolo da noite alternativa, segundo contaram à Agência Efe.
"Tudo começou com um chope e já eram cinco da manhã", explica Marina, que em sua chegada a Madri começou a colaborar com Luciana em um blog sobre a noite madrilena que se transformou no germe do livro.
Juntas dissecaram todos os botecos pelos quais passaram durante um ano, com suas bebidas, comidas, clientes e ambientes.
"Surpreendeu-nos o estilo de vida espanhol, supúnhamos que seria mais latino que no resto da Europa, mas não tão parecido ao modo de vida carioca", assinala Luciana.
Com capítulos titulados em "portunhol" como "Uma noite pija" ("Uma noite de 'mauricinhos'", "Café da manhã com churros", "Ciganeando en Madri" e "O posto nove madrilenho", as jornalistas, então estudantes de pós-graduação, compararam as virtudes da noite e do espírito andarilho madrileno com o do Rio de Janeiro.
"Lavapiés, o bairro multicultural seria como nossa Lapa, embora menos buliçoso, e o Templo de Debod o mais parecido para ficar na praia", comentou Marina durante a apresentação do livro, como não poderia deixar de ser, realizada de noite em um bar do Rio.
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