Novas grifes viajam no tempo na semana de moda de Paris; Kenzo entra na selva
Mercedes Álvarez.
Paris, 30 set (EFE).- As grifes que entraram recentemente no calendário da semana de moda de Paris, como Hexa by Kuho e Ground Zero, buscaram inspirações no passado e futuro em uma jornada marcada pelo desfile da Kenzo, que, por sua vez, apresentou uma coleção "selvagem".
Esta é a segunda temporada que a "prêt-à-porter" da Hexa by Kuho desfila na capital francesa e, com base nesta coleção apresentada hoje, a marca apostou em um resgate dos modelos do século XIX presentes no filme "Jane Eyre" (2011), de Cary Fukunaga, baseado no romance de Charlotte Brontë.
Nesta edição, o coreano Kuho Jung mergulhou a fundo na era vitoriana para apresentar vestidos curtos, mangas bufantes e calças com grandes volumes na altura do quadril (saruel), tudo isso em tons creme, salmão, bordô e turquesa.
Já os irmãos Eri e Philip Chu, criadores da grife Ground Zero, tomaram a passarela com robôs para apresentar sua primeira e futurista mostra na semana da moda de Paris.
Com enormes óculos de sol, que cobriam a metade do rosto, as modelos exibiram peças que imitavam as articulações dos androides.
"Os robôs nos encantam e tentamos torná-los femininos para tentar criar algo novo", explicou à Agência Efe Philip Chu após o espetáculo.
Essa integração entre a máquina e a mulher se realiza com a delicadeza da seda. A piscada pós-moderna veio através de personagens da Disney, que, dentro dos desenhos da Ground Zero, ganhava um efeito "kitsch" e infantil.
Amparada nos desenhos dos americanos Humberto Leão e Carol Lim, a Zenzo usou a floresta para ambientar seus modelos. Com um "look" de exploradoras, as modelos usavam botas até o joelho, trazia a cintura marcada por grossos cintos e percorria dentro um universo de tangerina, oliva, caqui, turquesa, marrom e de suaves tons pastel.
A paleta de cor combinava com eficácia as tonalidades tímidas com as explosões cromáticas, enquanto os cortes excelentes e femininos davam vida a esta coleção "prêt-à-porter" primavera-verão 2013.
Os ombros apareciam descobertos em um decote que chegava até as mangas, enquanto as calças traziam versões mais folgadas e com pinças.
As estampas de animais, como as manchas de leopardo em chamativas tonalidades, reforçaram a inspiração selvagem dessas peças.
O volume caracterizou os modelos da coleção da grife John Galliano. Calças saruel e bermudas, vestidos e saias bufantes encheram de formas redondas o desfile do britânico Bill Gaytten, substituto de Galliano à frente da marca.
O costureiro francês Éric Tibusch, após anos na alta costura, lançou mundialmente sua primeira coleção "prêt-à-porter" em uma apresentação fora do circuito oficial da semana da moda.
"Vai surpreender, sobretudo, aqueles que já conhecem minha costura", declarou à Agência Efe o estilista, que acrescentou que para ir à busca do grande público reelaborou seu próprio universo.
Ao contrário da alta costura, onde os custos de fabricação e a complexidade da manufatura não pesam na comercialização, "no 'prêt-à-porter' o primeiro requisito é o preço, depois a funcionalidade e o processo industrial", explicou Tibusch.
Nestas peças mais acessíveis, o estilista mantém suas senhas de identidade, como o franzido nas ombreiras e as golas, mas tudo de maneira mais discreta.
O mundo da moda agora espera as propostas de Hedi Slimane para a Saint Laurent, as quais serão apresentadas amanhã no desfile mais esperado desta semana da moda de Paris.
Paris, 30 set (EFE).- As grifes que entraram recentemente no calendário da semana de moda de Paris, como Hexa by Kuho e Ground Zero, buscaram inspirações no passado e futuro em uma jornada marcada pelo desfile da Kenzo, que, por sua vez, apresentou uma coleção "selvagem".
Esta é a segunda temporada que a "prêt-à-porter" da Hexa by Kuho desfila na capital francesa e, com base nesta coleção apresentada hoje, a marca apostou em um resgate dos modelos do século XIX presentes no filme "Jane Eyre" (2011), de Cary Fukunaga, baseado no romance de Charlotte Brontë.
Nesta edição, o coreano Kuho Jung mergulhou a fundo na era vitoriana para apresentar vestidos curtos, mangas bufantes e calças com grandes volumes na altura do quadril (saruel), tudo isso em tons creme, salmão, bordô e turquesa.
Já os irmãos Eri e Philip Chu, criadores da grife Ground Zero, tomaram a passarela com robôs para apresentar sua primeira e futurista mostra na semana da moda de Paris.
Com enormes óculos de sol, que cobriam a metade do rosto, as modelos exibiram peças que imitavam as articulações dos androides.
"Os robôs nos encantam e tentamos torná-los femininos para tentar criar algo novo", explicou à Agência Efe Philip Chu após o espetáculo.
Essa integração entre a máquina e a mulher se realiza com a delicadeza da seda. A piscada pós-moderna veio através de personagens da Disney, que, dentro dos desenhos da Ground Zero, ganhava um efeito "kitsch" e infantil.
Amparada nos desenhos dos americanos Humberto Leão e Carol Lim, a Zenzo usou a floresta para ambientar seus modelos. Com um "look" de exploradoras, as modelos usavam botas até o joelho, trazia a cintura marcada por grossos cintos e percorria dentro um universo de tangerina, oliva, caqui, turquesa, marrom e de suaves tons pastel.
A paleta de cor combinava com eficácia as tonalidades tímidas com as explosões cromáticas, enquanto os cortes excelentes e femininos davam vida a esta coleção "prêt-à-porter" primavera-verão 2013.
Os ombros apareciam descobertos em um decote que chegava até as mangas, enquanto as calças traziam versões mais folgadas e com pinças.
As estampas de animais, como as manchas de leopardo em chamativas tonalidades, reforçaram a inspiração selvagem dessas peças.
O volume caracterizou os modelos da coleção da grife John Galliano. Calças saruel e bermudas, vestidos e saias bufantes encheram de formas redondas o desfile do britânico Bill Gaytten, substituto de Galliano à frente da marca.
O costureiro francês Éric Tibusch, após anos na alta costura, lançou mundialmente sua primeira coleção "prêt-à-porter" em uma apresentação fora do circuito oficial da semana da moda.
"Vai surpreender, sobretudo, aqueles que já conhecem minha costura", declarou à Agência Efe o estilista, que acrescentou que para ir à busca do grande público reelaborou seu próprio universo.
Ao contrário da alta costura, onde os custos de fabricação e a complexidade da manufatura não pesam na comercialização, "no 'prêt-à-porter' o primeiro requisito é o preço, depois a funcionalidade e o processo industrial", explicou Tibusch.
Nestas peças mais acessíveis, o estilista mantém suas senhas de identidade, como o franzido nas ombreiras e as golas, mas tudo de maneira mais discreta.
O mundo da moda agora espera as propostas de Hedi Slimane para a Saint Laurent, as quais serão apresentadas amanhã no desfile mais esperado desta semana da moda de Paris.
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