Artista integra arte e tecnologia ao cotidiano de motoboys paulistanos
São Paulo, 22 ago (EFE).- O artista espanhol Antoni Abad apresentou nesta quarta-feira durante uma mostra cultural realizada em São Paulo seu projeto "Canal Motoboy", que integra a arte com as novas tecnologias no cotidiano dos motociclistas da maior cidade brasileira.
"O mais admirável é a capacidade do ser humano criar relações quando tem um meio de expressá-las e neste caso é fazer o papel de 'olho permanente', apesar de eles (os motociclistas) estarem cansados por suas 12 horas diárias de trabalho", descreveu Abad em entrevista à Agência Efe.
Um sarau abriu hoje a Terceira Semana de Cultura Motoboy, que faz parte da mostra cultural e seminário "Estéticas das Periferias: Arte e Cultura nas bordas da Metrópole".
Participaram do encontro os motociclistas poetas do grupo Canal Motoboy, uma iniciativa idealizada por Abad desde sua primeira visita a São Paulo, em 2003.
"Minha visita coincidiu com a aparição no mercado do telefone celular com câmara integrada e conexão com a internet, por isso surgiu a ideia de integrar essa ferramenta a uma coletividade discriminada e que precisava de uma oportunidade para se apresentar ao resto da sociedade", relatou o artista.
Quatro anos depois e após uma experiência similar com imigrantes nicaraguenses na Costa Rica, prostitutas em Madri e taxistas na capital mexicana, Abad começou em 2007 o trabalho com os motoboys de São Paulo, que segundo números extra-oficiais podem chegar a 1 milhão.
No Canal Motoboy, os motociclistas fazem fotos, gravam vídeos e com crônicas e poesias que escrevem, ilustram o cotidiano de seu dia a dia em um trabalho discriminado e frequentemente estigmatizado por outras esferas sociais.
O Canal, apontou Abab, "é um dispositivo de comunicação com um software social modelado pelas necessidades do coletivo, que tem reuniões semanais para decidir o que quer mostrar e aproveita o potencial da juventude dos próprios 'motoboys' e o conhecimento de uma boa parte das novas tecnologias".
Com um portal próprio, www.zexe.net, o Canal também tem perfis nas redes sociais Facebook e Twitter.
"O social articula os coletivos, e neste caso isso é feito com crônicas de uma forma muito madura", ressaltou o artista catalão.
A mostra e seminário cultural, que começou na terça-feira e se estenderá até o dia 30, tem por objetivo aproximar as correntes culturais metropolitanas e os movimentos artísticos da periferia.
O evento reúne diversas linguagens, como literatura, música, artes cênicas e audiovisuais em 30 espaços da cidade, com realização do governo municipal, de organizações independentes e de outras entidades vinculadas à cultura.
"O mais admirável é a capacidade do ser humano criar relações quando tem um meio de expressá-las e neste caso é fazer o papel de 'olho permanente', apesar de eles (os motociclistas) estarem cansados por suas 12 horas diárias de trabalho", descreveu Abad em entrevista à Agência Efe.
Um sarau abriu hoje a Terceira Semana de Cultura Motoboy, que faz parte da mostra cultural e seminário "Estéticas das Periferias: Arte e Cultura nas bordas da Metrópole".
Participaram do encontro os motociclistas poetas do grupo Canal Motoboy, uma iniciativa idealizada por Abad desde sua primeira visita a São Paulo, em 2003.
"Minha visita coincidiu com a aparição no mercado do telefone celular com câmara integrada e conexão com a internet, por isso surgiu a ideia de integrar essa ferramenta a uma coletividade discriminada e que precisava de uma oportunidade para se apresentar ao resto da sociedade", relatou o artista.
Quatro anos depois e após uma experiência similar com imigrantes nicaraguenses na Costa Rica, prostitutas em Madri e taxistas na capital mexicana, Abad começou em 2007 o trabalho com os motoboys de São Paulo, que segundo números extra-oficiais podem chegar a 1 milhão.
No Canal Motoboy, os motociclistas fazem fotos, gravam vídeos e com crônicas e poesias que escrevem, ilustram o cotidiano de seu dia a dia em um trabalho discriminado e frequentemente estigmatizado por outras esferas sociais.
O Canal, apontou Abab, "é um dispositivo de comunicação com um software social modelado pelas necessidades do coletivo, que tem reuniões semanais para decidir o que quer mostrar e aproveita o potencial da juventude dos próprios 'motoboys' e o conhecimento de uma boa parte das novas tecnologias".
Com um portal próprio, www.zexe.net, o Canal também tem perfis nas redes sociais Facebook e Twitter.
"O social articula os coletivos, e neste caso isso é feito com crônicas de uma forma muito madura", ressaltou o artista catalão.
A mostra e seminário cultural, que começou na terça-feira e se estenderá até o dia 30, tem por objetivo aproximar as correntes culturais metropolitanas e os movimentos artísticos da periferia.
O evento reúne diversas linguagens, como literatura, música, artes cênicas e audiovisuais em 30 espaços da cidade, com realização do governo municipal, de organizações independentes e de outras entidades vinculadas à cultura.
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