Festival Cinema Ceará traz filme espanhol com poesia improvisada
Fortaleza, 6 jun (EFE).- A arte nua e sem artifícios traduzida ao cinema em "Bertsolari" (um improvisador de versos cantados na língua basca euskara) será apresentada na noite desta quarta-feira diante do público brasileiro no festival Cinema Ceará, que acontece em Fortaleza.
O diretor Asier Altuna, responsável por levar à grande tela o universo da poesia improvisada em língua basca, reconhece que escolheu o tema "pela emoção" que sente nos concursos de trovadores contemporâneos.
"É uma disciplina artística tão nua", disse à Agência Efe em Fortaleza Altuna. Para ele, a ausência de artifício dos bertsolaris vai contra a corrente das obras da atualidade.
O diretor, nomeado ao Goya à melhor direção novel em 2005 por "Aupa Etxebeste!", falou também que, além da prática dos "bertsolaris", a "tensão" gerada pela improvisação e silêncio das pessoas reunidas para assistir a final de um campeonato chamou sua atenção.
Apesar de se tratar de uma antiga tradição oral, Altuna considera que a "bertsolaritza" (disciplina da improvisação de versos) é revolucionária e continua evoluindo.
Para Altuna, o trabalho em um documentário é "mais vivo" que nas peças de ficção. "No documentário aparecem as informações que vão se transformando em cinema", disse o diretor. O diretor ainda criticou os filmes "sem alma" que fez no passado.
Enquanto isso, Marian Fernández, produtora do filme, destacou que neste ano o cinema na Espanha caiu muito, e citou como possíveis causas a falta de investimento para a promoção e "produção medíocre" durante um tempo prolongado.
"O principal desafio é reconquistar ao espectador com qualidade", disse à Efe Marian.
A 22ª edição do festival Cinema Ceará, que se encerra na próxima sexta-feira, abriu com o filme "Violeta se fue a los cielos", do diretor chileno Andrés Wood. Neste ano, o evento teve um ciclo especial dedicado às lutas sociais na América Latina.
O diretor Asier Altuna, responsável por levar à grande tela o universo da poesia improvisada em língua basca, reconhece que escolheu o tema "pela emoção" que sente nos concursos de trovadores contemporâneos.
"É uma disciplina artística tão nua", disse à Agência Efe em Fortaleza Altuna. Para ele, a ausência de artifício dos bertsolaris vai contra a corrente das obras da atualidade.
O diretor, nomeado ao Goya à melhor direção novel em 2005 por "Aupa Etxebeste!", falou também que, além da prática dos "bertsolaris", a "tensão" gerada pela improvisação e silêncio das pessoas reunidas para assistir a final de um campeonato chamou sua atenção.
Apesar de se tratar de uma antiga tradição oral, Altuna considera que a "bertsolaritza" (disciplina da improvisação de versos) é revolucionária e continua evoluindo.
Para Altuna, o trabalho em um documentário é "mais vivo" que nas peças de ficção. "No documentário aparecem as informações que vão se transformando em cinema", disse o diretor. O diretor ainda criticou os filmes "sem alma" que fez no passado.
Enquanto isso, Marian Fernández, produtora do filme, destacou que neste ano o cinema na Espanha caiu muito, e citou como possíveis causas a falta de investimento para a promoção e "produção medíocre" durante um tempo prolongado.
"O principal desafio é reconquistar ao espectador com qualidade", disse à Efe Marian.
A 22ª edição do festival Cinema Ceará, que se encerra na próxima sexta-feira, abriu com o filme "Violeta se fue a los cielos", do diretor chileno Andrés Wood. Neste ano, o evento teve um ciclo especial dedicado às lutas sociais na América Latina.