Casa de Arthur Conan Doyle, escritor de Sherlock Holmes, é salva da demolição
O Superior Tribunal de Londres salvou nesta quarta-feira (30) da demolição a casa vitoriana de Arthur Conan Doyle em Surrey (Inglaterra), onde o escritor escocês escreveu 13 romances do astuto detetive Sherlock Holmes.
A fundação para preservar esse prédio histórico, a chamada Undershaw Preservation Trust, apresentou no último dia 23 de maio um recurso contra sua demolição que foi aceito pelo tribunal e que impedirá que a casa vitoriana se transforme em oito imóveis, sem levar em conta seu valor literário.
Em uma audiência realizada hoje, o juiz Ross Cranston alegou "erros legais" para revogar a decisão da Prefeitura de Waverley, que em setembro de 2010 tinha dado sinal verde às obras na casa na qual o autor escocês escreveu a história mais conhecida de Sherlock Holmes, "O Cão dos Baskervilles".
Casa de Sherlock Holmes em foto atual publicada no jornal Telegraph
Gibson considerou que a casa projetada pelo próprio Doyle, que viveu nela de 1897 até 1907, tinha sido "gravemente descuidada por seus atuais proprietários", a empresa construtora Fossway.
Segundo Gibson, que conta com o respaldo de personalidades do mundo literário, os donos de Undershaw (o nome dado à casa) a enxergam simplesmente como uma "oportunidade de investimento", sem levar em conta seu valor histórico e literário.
Após a audiência de hoje, Gibson disse que a batalha para salvar Undershaw tinha sido "longa e difícil" e lembrou que esse local deve ser tratado com reverência, uma vez que "a vida e os trabalhos de Conan Doyle são uma parte fundamental da cultura britânica".
Desde 1920, a casa vitoriana salva hoje da demolição foi utilizada como hotel antes de ficar vazia em 2005 e, desde então, começou a deteriorar-se. O projeto contra o qual se pronunciou o tribunal pretendia demolir parte da estrutura da casa, a construção de uma nova ala de três andares e a conversão em garagens dos antigos estábulos.
A Undershaw foi vendida à empresa Fossway, que tem sua sede nas Ilhas Virgens britânicas, em fevereiro de 2004.
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