Fiação elétrica de Bangcoc é transformada em obra de arte
Gaspar Ruiz-Canela.
Bangcoc, 20 mai (EFE).- Os emaranhados fios elétricos que poluem a paisagem das ruas de Bangcoc foram transformados em obra de arte pelo criador japonês Eiji Sumi.
A mostra "Densen/Plus a", que ficará exposta até o fim de maio na galeria Koi Art da capital tailandesa, combina pintura, desenho, escultura e efeitos audiovisuais com os quais Sumi pretende "envolver" os sentidos do espectador.
"Meu objetivo é mostrar ao público o problema dos cabos elétricos. Temos que fazer um esforço para enterrá-los e acabar com isso em nossas cidades", indica à Agência Efe o artista, que mora em Nova York.
Eiji Sumi confessou seu amor por Bangcoc e Tóquio, e mostrou preocupação com o impacto visual das fiações aéreas nestas duas cidades.
Com a mostra, Sumi realiza uma espécie de exorcismo estético no qual, sem abandonar a ideia de que deveriam estar sob a terra, consegue encontrar certa beleza na rede elétrica da capital tailandesa.
Na galeria Koi, vários cabos ficam pendurados no teto e inclusive se interpõem diante dos desenhos da cidade, de modo que o espectador tenha que interagir com eles para poder ver os quadros.
Um jogo de som e luzes simula a passagem da eletricidade e das vozes nas linhas telefônicas em uma "instalação que permite ao espectador tocar os cabos, movimentá-los e vê-los em ângulos que não são possíveis na vida real", segundo o artista.
Em "Feixes de dia", Sami descobre a harmonia e a simplicidade de um poste de luz e um feixe de cabos em três pinturas a óleo que expressam o lado amável de seu objeto de arte.
Já em "Feixes de noite", representa o lado mais angustiante, com várias composições digitais, quase abstratas, nas quais imagens das ruas de Bangcoc são vislumbradas apenas entre as sombras dos cabos.
Por trás do emaranhado de fios, o artista exibe três desenhos de lugares emblemáticos de Bangcoc feitos em um só traço, sem levantar o pincel do início a fim.
Através de diferentes suportes e diferentes linguagens estéticas e emocionais, o artista japonês pretende que o público experimente de forma lúdica esta parte do cenário urbano, de forma mais íntima que na própria realidade.
Sami, que expôs em diversas galerias de Nova York e em exibições organizadas por Eric Shiner, diretor do Museu Andy Warhol, é um artista multidisciplinar que combina as obras de arte conceituais com efeitos de luz, videoarte, pintura a óleo e desenho.
"Cada vez mais, na arte contemporânea, o artista tem que ser capaz de expressar em diferentes disciplinas para criar uma obra integral", explicou.
Apesar da evocação estética dos cabos, o criador japonês quer que as autoridades tailandesas façam algo para enterrá-los, como viu em cidades como Nova York, Paris e Londres.
Por enquanto, foram enterrados poucos fios que emaranham a capital tailandesa, habitada por cerca dez milhões de pessoas.
As autoridades e as empresas públicas estão há quatro anos em negociações para levar adiante o projeto, orçado em 244 bilhões de bahts (R$ 15,5 milhões).
Além disso, enterrar os cabos, símbolo da modernidade, representa colocar de pernas para o ar uma metrópole de grandes avenidas, becos, e com engarrafamentos que já fazem parte da peculiaridade do lugar.
Bangcoc, 20 mai (EFE).- Os emaranhados fios elétricos que poluem a paisagem das ruas de Bangcoc foram transformados em obra de arte pelo criador japonês Eiji Sumi.
A mostra "Densen/Plus a", que ficará exposta até o fim de maio na galeria Koi Art da capital tailandesa, combina pintura, desenho, escultura e efeitos audiovisuais com os quais Sumi pretende "envolver" os sentidos do espectador.
"Meu objetivo é mostrar ao público o problema dos cabos elétricos. Temos que fazer um esforço para enterrá-los e acabar com isso em nossas cidades", indica à Agência Efe o artista, que mora em Nova York.
Eiji Sumi confessou seu amor por Bangcoc e Tóquio, e mostrou preocupação com o impacto visual das fiações aéreas nestas duas cidades.
Com a mostra, Sumi realiza uma espécie de exorcismo estético no qual, sem abandonar a ideia de que deveriam estar sob a terra, consegue encontrar certa beleza na rede elétrica da capital tailandesa.
Na galeria Koi, vários cabos ficam pendurados no teto e inclusive se interpõem diante dos desenhos da cidade, de modo que o espectador tenha que interagir com eles para poder ver os quadros.
Um jogo de som e luzes simula a passagem da eletricidade e das vozes nas linhas telefônicas em uma "instalação que permite ao espectador tocar os cabos, movimentá-los e vê-los em ângulos que não são possíveis na vida real", segundo o artista.
Em "Feixes de dia", Sami descobre a harmonia e a simplicidade de um poste de luz e um feixe de cabos em três pinturas a óleo que expressam o lado amável de seu objeto de arte.
Já em "Feixes de noite", representa o lado mais angustiante, com várias composições digitais, quase abstratas, nas quais imagens das ruas de Bangcoc são vislumbradas apenas entre as sombras dos cabos.
Por trás do emaranhado de fios, o artista exibe três desenhos de lugares emblemáticos de Bangcoc feitos em um só traço, sem levantar o pincel do início a fim.
Através de diferentes suportes e diferentes linguagens estéticas e emocionais, o artista japonês pretende que o público experimente de forma lúdica esta parte do cenário urbano, de forma mais íntima que na própria realidade.
Sami, que expôs em diversas galerias de Nova York e em exibições organizadas por Eric Shiner, diretor do Museu Andy Warhol, é um artista multidisciplinar que combina as obras de arte conceituais com efeitos de luz, videoarte, pintura a óleo e desenho.
"Cada vez mais, na arte contemporânea, o artista tem que ser capaz de expressar em diferentes disciplinas para criar uma obra integral", explicou.
Apesar da evocação estética dos cabos, o criador japonês quer que as autoridades tailandesas façam algo para enterrá-los, como viu em cidades como Nova York, Paris e Londres.
Por enquanto, foram enterrados poucos fios que emaranham a capital tailandesa, habitada por cerca dez milhões de pessoas.
As autoridades e as empresas públicas estão há quatro anos em negociações para levar adiante o projeto, orçado em 244 bilhões de bahts (R$ 15,5 milhões).
Além disso, enterrar os cabos, símbolo da modernidade, representa colocar de pernas para o ar uma metrópole de grandes avenidas, becos, e com engarrafamentos que já fazem parte da peculiaridade do lugar.
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