Rupert Murdoch diz ter sido "vítima de acobertamento" em seus jornais
Londres, 26 abr (EFE).- O magnata Rupert Murdoch afirmou nesta quinta-feira que ele e outros diretores de seu grupo foram "vítimas de um acobertamento" por parte dos empregados de seus próprios jornais, que, segundo o multimilionário, ocultavam as práticas ilegais das escutas no Reino Unido.
Presidente e fundador do grupo News Corporation, Rupert Murdoch, de 81 anos, fez essas declarações na segunda jornada da comissão dirigida pelo juiz Brian Leveson para examinar a conduta ética da imprensa britânica por causa do escândalo das escutas telefônicas.
Em seu segundo depoimento na chamada comissão Leveson, Murdoch negou novamente ter conhecimento que essa prática ocorria em seu tabloide dominical "News of the World", que, por sua vez, foi fechado em julho 2011 depois da prisão de dezenas de funcionários.
Ao lado de outros executivos do News International (NEM) - filial britânica do grupo News Corporation -, Murdoch afirmou que foi vítima de um "acobertamento que ocorria dentro do 'News of the World'".
Apesar de se considerar vítima de uma trama interna, o empresário admitiu que deveria ter se interessado mais pelo caso que ocorria dentro de seus jornais: "Fracassei e sinto muito", reconheceu o multimilionário.
Segundo Murdoch, o acobertamento foi articulado "por um ou dois personagens fortes que estavam há anos no jornal e eram amigos dos jornalistas".
"A pessoa em que eu estou pensando era amigo dos jornalistas, companheiro de bebidas. Trata-se de um advogado muito ativo e que proibia, ou pelo menos há declarações nesse sentido, os demais de informar (o que ocorria) Rebeka Brooks (ex-diretora da NEM) e James (Murdoch, ex-presidente do grupo)", declarou Murdoch.
"Esta não é uma desculpa por nossa parte. Levo muito a sério essa situação que surgiu", completou.
Perguntado pelo juiz se não deveria ter se preocupado mais com o que ocorria no "News of the World", cujo fechamento em julho gerou mais de 200 demissões, Murdoch alegou que esse jornal interessava menos que os outros.
"A única coisa que posso fazer é pedir desculpas, incluindo as pessoas inocentes que acabaram perdendo seus trabalhos", manifestou.
Em relação ao seu suposto desconhecimento das persistentes escutas, Murdoch afirmou que "nos jornais, os repórteres seguem suas próprias condutas, protegem suas fontes e não costumam revelar aos colegas o que estão fazendo".
Na última quarta, diante da comissão de Leveson, o magnata de origem australiana revelou sua relação com vários primeiros-ministros do Reino Unido, incluindo a conservadora Margaret Thatcher - com quem confessou sentir afinidade -, embora tenha garantido que nunca pediu nenhum favor.
Anteriormente, seu filho James Murdoch, também diante da comissão Leveson, revelou contatos de seus assessores com colaboradores do ministro de Cultura, Jeremy Hunt, para influir no processo de compra da plataforma digital BSkyB.
Hunt, que passou a receber pedidos para renunciar ao cargo, ainda conta com o apoio do primeiro-ministro, David Cameron, que, por sua vez, defendeu a integridade de suas gestões no caso.
Presidente e fundador do grupo News Corporation, Rupert Murdoch, de 81 anos, fez essas declarações na segunda jornada da comissão dirigida pelo juiz Brian Leveson para examinar a conduta ética da imprensa britânica por causa do escândalo das escutas telefônicas.
Em seu segundo depoimento na chamada comissão Leveson, Murdoch negou novamente ter conhecimento que essa prática ocorria em seu tabloide dominical "News of the World", que, por sua vez, foi fechado em julho 2011 depois da prisão de dezenas de funcionários.
Ao lado de outros executivos do News International (NEM) - filial britânica do grupo News Corporation -, Murdoch afirmou que foi vítima de um "acobertamento que ocorria dentro do 'News of the World'".
Apesar de se considerar vítima de uma trama interna, o empresário admitiu que deveria ter se interessado mais pelo caso que ocorria dentro de seus jornais: "Fracassei e sinto muito", reconheceu o multimilionário.
Segundo Murdoch, o acobertamento foi articulado "por um ou dois personagens fortes que estavam há anos no jornal e eram amigos dos jornalistas".
"A pessoa em que eu estou pensando era amigo dos jornalistas, companheiro de bebidas. Trata-se de um advogado muito ativo e que proibia, ou pelo menos há declarações nesse sentido, os demais de informar (o que ocorria) Rebeka Brooks (ex-diretora da NEM) e James (Murdoch, ex-presidente do grupo)", declarou Murdoch.
"Esta não é uma desculpa por nossa parte. Levo muito a sério essa situação que surgiu", completou.
Perguntado pelo juiz se não deveria ter se preocupado mais com o que ocorria no "News of the World", cujo fechamento em julho gerou mais de 200 demissões, Murdoch alegou que esse jornal interessava menos que os outros.
"A única coisa que posso fazer é pedir desculpas, incluindo as pessoas inocentes que acabaram perdendo seus trabalhos", manifestou.
Em relação ao seu suposto desconhecimento das persistentes escutas, Murdoch afirmou que "nos jornais, os repórteres seguem suas próprias condutas, protegem suas fontes e não costumam revelar aos colegas o que estão fazendo".
Na última quarta, diante da comissão de Leveson, o magnata de origem australiana revelou sua relação com vários primeiros-ministros do Reino Unido, incluindo a conservadora Margaret Thatcher - com quem confessou sentir afinidade -, embora tenha garantido que nunca pediu nenhum favor.
Anteriormente, seu filho James Murdoch, também diante da comissão Leveson, revelou contatos de seus assessores com colaboradores do ministro de Cultura, Jeremy Hunt, para influir no processo de compra da plataforma digital BSkyB.
Hunt, que passou a receber pedidos para renunciar ao cargo, ainda conta com o apoio do primeiro-ministro, David Cameron, que, por sua vez, defendeu a integridade de suas gestões no caso.
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