Príncipe de Astúrias entrega Prêmio Cervantes ao neto de Nicanor Parra
Alcalá de Henares (Espanha), 23 abr (EFE).- O príncipe de Astúrias entregou nesta segunda-feira a Cristóbal Ugarte Parra, neto de Nicanor Parra, o Prêmio Cervantes concedido ao poeta chileno, que, aos 97 anos, não pôde viajar à Espanha para receber o prêmio máximo da literatura espanhola.
"Don Quixote não cabe em um fim de semana", afirmou Nicanor Parra ao seu neto, que, na presença dos príncipes de Astúrias, do presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, e inúmeras autoridades, contou que antes de viajar à Espanha tinha deixado o avô rodeado de livros "em sua casa de Las Cruces, no litoral chileno".
No auditório da Universidade de Alcalá de Henares, situada nas proximidades de Madri, Cristóbal Ugarte leu algumas palavras de agradecimento de seu avô pela concessão do Prêmio Cervantes, as quais pediam uma prorrogação "de no mínimo um ano" para poder "preparar" um discurso "plausível".
Além da ausência de Parra, a cerimônia de premiação também não contou com a participação do rei Juan Carlos I, geralmente encarregado pela entrega deste prêmio. O monarca espanhol, que fraturou o quadril durante uma caçada de elefantes na última semana, ainda se recupera da operação em que foi submetido.
Em seu discurso, no final da cerimônia, o príncipe de Astúrias considerou a figura de Parra como uma "alma gêmea" de Miguel de Cervantes. Já o ministro da Educação, Cultura e Esporte, José Ignacio Wert, se referiu ao poeta chileno como um "franco-atirador da poesia, cuja obra "sempre dialogou com a literatura espanhola".
Por parte do Governo chileno participaram o ministro das Relações Exteriores, Alfredo Moreno, e o ministro presidente do Conselho Nacional da Cultura e as Artes, Luciano Cruz Coke. Os diretores da Real Academia Espanhola, José Manuel Blecua, e do Instituto Cervantes, Víctor García da Concha, também estiveram na cerimônia de premiação.
O ato ainda contou com a inesperada presença da cantora, compositora e escritora americana Patti Smith, que, por sua vez, chegou à Universidade de Alcalá declarando ser uma grande admiradora da poesia "rebelde e humana" de Nicanor Parra.
Patti Smith, que chegou junto ao escritor e crítico Ignacio Echevarría - um dos maiores especialistas na obra de Parra -, também chegou a conversar com os familiares do poeta chileno. Segundo a cantora Colombina Parra, filha do poeta chileno, Nicanor queria ir à Espanha para receber o prêmio Cervantes pessoalmente.
Ainda de acordo com Colombina, Parra chegou a preparar seu passaporte para a viagem, mas, devido à idade avançada e ao medo de avião, acabou preferindo ficar no Chile.
Com intenção de retribuir o carinho, o poeta chileno ainda enviou uma máquina de escrever aos organizadores do prêmio. A relíquia, que já pôde ser vista na cerimônia desta segunda, fará parte do legado do poeta que será entregue amanhã na sede central do Instituto Cervantes.
"Don Quixote não cabe em um fim de semana", afirmou Nicanor Parra ao seu neto, que, na presença dos príncipes de Astúrias, do presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, e inúmeras autoridades, contou que antes de viajar à Espanha tinha deixado o avô rodeado de livros "em sua casa de Las Cruces, no litoral chileno".
No auditório da Universidade de Alcalá de Henares, situada nas proximidades de Madri, Cristóbal Ugarte leu algumas palavras de agradecimento de seu avô pela concessão do Prêmio Cervantes, as quais pediam uma prorrogação "de no mínimo um ano" para poder "preparar" um discurso "plausível".
Além da ausência de Parra, a cerimônia de premiação também não contou com a participação do rei Juan Carlos I, geralmente encarregado pela entrega deste prêmio. O monarca espanhol, que fraturou o quadril durante uma caçada de elefantes na última semana, ainda se recupera da operação em que foi submetido.
Em seu discurso, no final da cerimônia, o príncipe de Astúrias considerou a figura de Parra como uma "alma gêmea" de Miguel de Cervantes. Já o ministro da Educação, Cultura e Esporte, José Ignacio Wert, se referiu ao poeta chileno como um "franco-atirador da poesia, cuja obra "sempre dialogou com a literatura espanhola".
Por parte do Governo chileno participaram o ministro das Relações Exteriores, Alfredo Moreno, e o ministro presidente do Conselho Nacional da Cultura e as Artes, Luciano Cruz Coke. Os diretores da Real Academia Espanhola, José Manuel Blecua, e do Instituto Cervantes, Víctor García da Concha, também estiveram na cerimônia de premiação.
O ato ainda contou com a inesperada presença da cantora, compositora e escritora americana Patti Smith, que, por sua vez, chegou à Universidade de Alcalá declarando ser uma grande admiradora da poesia "rebelde e humana" de Nicanor Parra.
Patti Smith, que chegou junto ao escritor e crítico Ignacio Echevarría - um dos maiores especialistas na obra de Parra -, também chegou a conversar com os familiares do poeta chileno. Segundo a cantora Colombina Parra, filha do poeta chileno, Nicanor queria ir à Espanha para receber o prêmio Cervantes pessoalmente.
Ainda de acordo com Colombina, Parra chegou a preparar seu passaporte para a viagem, mas, devido à idade avançada e ao medo de avião, acabou preferindo ficar no Chile.
Com intenção de retribuir o carinho, o poeta chileno ainda enviou uma máquina de escrever aos organizadores do prêmio. A relíquia, que já pôde ser vista na cerimônia desta segunda, fará parte do legado do poeta que será entregue amanhã na sede central do Instituto Cervantes.
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