Ai Weiwei apaga câmeras de sua casa a pedido das autoridades chinesas
![O artista chinês Ai Weiwei em 2009 (esq.) e frase pedindo a liberdade do artista, que foi preso em 2011, em topo de prédio na Áustria onde ocorreu exposição sobre seu trabalho - Montagem UOL / Miguel Villagran/Johannes Simon/Getty Images](https://d.i.uol.com.br/diversao/2011/12/23/o-artista-chines-ai-weiwei-em-2009-esq-e-frase-pedindo-a-liberdade-do-artista-que-foi-preso-em-2011-em-topo-de-predio-na-austria-onde-ocorreu-exposicao-sobre-seu-trabalho-1324649086370_615x300.jpg)
Apenas dois dias após iniciar seu "Big Brother" caseiro, o artista e dissidente chinês Ai Weiwei, em regime de liberdade vigiada desde junho passado, teve de apagar as câmeras que instalara em sua casa, a pedido das autoridades chinesas, disse o próprio à Agência Efe nesta quinta-feira.
"Recebi a ordem de apagá-las, mas não me deram nenhuma explicação sobre o motivo", declarou Ai por telefone desde seu estúdio no bairro de Caochangdi, em Pequim.
Ai insistiu nesta quinta-feira que a exposição de sua intimidade representava um "presente para o público" e também para a segurança pública, em menção às 15 câmeras das autoridades do regime comunista que cercam sua propriedade e acompanham, dia a dia, seus movimentos.
O artista, famoso entre outras coisas por sua colaboração na construção do estádio olímpico de Pequim, afirmou não estar "nem triste, nem contente" com o resultado de sua iniciativa, e também não se aventurou a anunciar qual será seu próximo movimento na queda de braço que mantém com as autoridades desde há um ano.
Ai permaneceu detido durante 81 dias - sem acusações - entre abril e junho de 2011, e foi acusado posteriormente pelas autoridades chinesas de evadir mais de US$ 2 milhões da companhia na qual trabalhava, valor que pôde pagar graças às doações de mais de 30 mil compatriotas.
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