Retrato da violência contra mulher é tema de exposição em São Paulo
São Paulo, 31 mar (EFE).- A crueza da violência doméstica, os conflitos enfrentados pelas mulheres a partir da perspectiva da arte e a criação de novas linguagens expressivas são alguns dos temas do projeto "Arte e Gênero: Cruzamento de Olhares", que desde este sábado está à disposição do público em São Paulo.
O programa artístico e de denúncia social, que encerra o mês dedicado à mulher, começou ao meio-dia deste sábado com a representação "Removing Pain", da artista brasileira Beth Moysés, e é integrado na agenda cultural do Instituto Cervantes de São Paulo.
Na representação, 42 mulheres negras, todas vítimas de violência doméstica, percorreram um lance da Avenida Paulista vestidas de branco e com um adereço floral nos cabelos.
As mulheres encenaram um processo de cura, umas retirando das outras a maquiagem que simula os ferimentos sofridos no passado.
O chefe de atividades culturais do organismo de promoção da língua espanhola em São Paulo, Francisco de Blas, explicou à Agência Efe que a performance tem um "valor catártico" para as participantes, que não conseguiram conter o pranto, e para os presentes.
Após a representação ocorrerá a inauguração de uma exposição de fotos e vídeos de Moysés e da artista espanhola Marisa González, selecionados pela crítica de arte e curadora do projeto, Margarita Aizpuru.
A mostra, que permanecerá aberta até 28 de abril, procura estabelecer um diálogo entre as peças de ambas as artistas dentro do contexto de busca de novas linguagens artísticas e a criação de discursos expressivos renovados, afastados dos cânones estabelecidos pelas vozes masculinas.
Na próxima semana, ocorrerá um debate em que vão abordar os assuntos de gênero e a relação com as manifestações artísticas.
Trata-se de um projeto que pretende abordar a situação da mulher em diferentes partes do mundo a partir dos anos 70 até a atualidade através da perspectiva da arte, precisou De Blas.
Na sua opinião, a programação tem como objetivo favorecer "conscientizar sobre um problema habitualmente silenciado" e lembrar "que nem todas as conquistas humanitárias acabaram em nosso entorno imediato".
Para o analista, a representação de Moysés, uma criadora com um "conteúdo inevitavelmente político" tem um "valor sociológico inquietante, mas comovente" e representa "uma metáfora impactante" pelo fato de contar com um grupo de mulheres que percorrem com sua dor um entorno urbanizado.
O programa artístico e de denúncia social, que encerra o mês dedicado à mulher, começou ao meio-dia deste sábado com a representação "Removing Pain", da artista brasileira Beth Moysés, e é integrado na agenda cultural do Instituto Cervantes de São Paulo.
Na representação, 42 mulheres negras, todas vítimas de violência doméstica, percorreram um lance da Avenida Paulista vestidas de branco e com um adereço floral nos cabelos.
As mulheres encenaram um processo de cura, umas retirando das outras a maquiagem que simula os ferimentos sofridos no passado.
O chefe de atividades culturais do organismo de promoção da língua espanhola em São Paulo, Francisco de Blas, explicou à Agência Efe que a performance tem um "valor catártico" para as participantes, que não conseguiram conter o pranto, e para os presentes.
Após a representação ocorrerá a inauguração de uma exposição de fotos e vídeos de Moysés e da artista espanhola Marisa González, selecionados pela crítica de arte e curadora do projeto, Margarita Aizpuru.
A mostra, que permanecerá aberta até 28 de abril, procura estabelecer um diálogo entre as peças de ambas as artistas dentro do contexto de busca de novas linguagens artísticas e a criação de discursos expressivos renovados, afastados dos cânones estabelecidos pelas vozes masculinas.
Na próxima semana, ocorrerá um debate em que vão abordar os assuntos de gênero e a relação com as manifestações artísticas.
Trata-se de um projeto que pretende abordar a situação da mulher em diferentes partes do mundo a partir dos anos 70 até a atualidade através da perspectiva da arte, precisou De Blas.
Na sua opinião, a programação tem como objetivo favorecer "conscientizar sobre um problema habitualmente silenciado" e lembrar "que nem todas as conquistas humanitárias acabaram em nosso entorno imediato".
Para o analista, a representação de Moysés, uma criadora com um "conteúdo inevitavelmente político" tem um "valor sociológico inquietante, mas comovente" e representa "uma metáfora impactante" pelo fato de contar com um grupo de mulheres que percorrem com sua dor um entorno urbanizado.
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