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Estúdios de Hollywood teriam buscado acordos com Megaupload

27/03/2012 01h14

Sydney (Austrália), 27 mar (EFE).- O Megaupload supostamente tem em seu poder e-mails que mostram que vários estúdios de Hollywood buscaram acordos comerciais com este site acusado pelos Estados Unidos de pirataria digital, publicou nesta terça-feira a imprensa neozelandesa.

Segundo o diário "New Zealand Herald", estas mensagens teriam sido escritas por executivos da Disney, Warner Bros, Fox e Turner Broadcasting, empresas que se queixaram de violações de seus direitos autorais.

Os executivos supostamente pedem ao Megaupload, portal fundado pelo alemão Kim Schmitz ("Dotcom"), compartilhar conteúdos e realizar acordos de publicidade conjunta.

A Warner Bros aparentemente expressou suas intenções de subir ao site todo o seu conteúdo em uma só ação, em lugar de fazê-lo vídeo por vídeo, enquanto Fox e Turner Broadcasting pediram ao Megaupload que dialogasse sobre projetos de publicidade conjunta.

A defesa acredita que cerca de 490 contas do portal pertenciam a membros da Associação do Cinema dos EUA (MPAA) e da Associação de Indústria Fonográfica dos EUA (RIAA) e que, no total, estes subiram 16.455 arquivos ao Megaupload.

Também se buscará provar que 1.058 membros do portal pertenciam a instituições oficiais americanas, entre elas o FBI, a Nasa e os tribunais dos EUA, além da existência de 15.634 contas de militares do país, que teriam subido 340.893 arquivos ao Megaupload.

"Dotcom" foi detido em 20 de janeiro junto a três executivos do portal nos arredores da cidade de Auckland durante uma operação internacional contra a pirataria digital que incluiu o fechamento do site, a apreensão de seus bens e detenções na Europa.

Atualmente, "Dotcom" e os três executivos se encontram na Nova Zelândia em liberdade condicional com vigilância eletrônica e têm proibido o uso da internet, à espera do início do processo de extradição, que deverá começar em agosto.

Os EUA querem julgar sete executivos do Megaupload, entre eles "Dotcom" e os três diretores detidos na Nova Zelândia, por diversos delitos de pirataria digital, crime organizado e lavagem de dinheiro.

As autoridades de Washington acusam o portal de downloads por danos à propriedade intelectual superiores a US$ 500 milhões e de ter obtido de maneira ilícita receita de mais de US$ 175 milhões. EFE

watt/pa