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Exposição aborda relação entre cultura judaica e heróis dos quadrinhos

O quadrinista norte-americano Stan Lee (14/10/11) - Getty Images
O quadrinista norte-americano Stan Lee (14/10/11) Imagem: Getty Images

Jaén, Espanha

20/03/2012 17h11

Uma exposição montada na Biblioteca Provincial de Jaén, no sul da Espanha, chama atenção ao buscar traços da cultura judaica na origem e na narrativa de alguns dos super-heróis mais conhecidos dos quadrinhos.

Organizada pela delegação da Sefarad-Israel em Andaluzia e pela Associação Cultural "Vinheta 6", a mostra, intitulada "Super-heróis: Identidade Secreta", ficará aberta ao público até o dia 16 de abril.

Através de uma série de painéis, com imagens e dados dos super-heróis, a exposição apresenta analogias entre Hulk e Golem, Homem-Aranha e Rei David - ambos protegidos por uma aranha -, e o nome de Superman no idioma kryptoniano: Kal-El, que significa "A voz de Deus" em hebraico.

A exposição também se destaca ao esmiuçar a identidade de ilustradores e desenhistas judeus, como Stan Lee, Jack Kirby, Jerri Siegel e Joe Schuster, e suas expressões nos próprios super-heróis.

Estes desenhistas eram jovens judeus americanos, filhos de imigrantes judeus europeus, que deram origem a uma série de personagens, como Superman, Batman, Homem-Aranha, Quarteto Fantástico, Capitão América, Homem de Ferro, Hulk, Thor, Demolidor, Surfista Prateado, Mulher Gato, A Liga da Justiça e Os Vingadores.

De acordo com os organizadores, outros dois nomes também são capazes de exemplificar a relação existente entre a cultura judaica e os quadrinhos, caso de Will Eisner e Art Spiegelman, autor de "Maus, Relato de um Sobrevivente", o primeiro quadrinho a ganhar o prestigiado Prêmio Pulitzer.

Além da origem dos super-heróis, a exposição também aborda a atuação de outros criadores judeus nos quadrinhos, como o roteirista de "Asterix", René Goscinny, o autor de "Corto Maltese", Hugo Pratt, e o autor de "O gato do Rabino", "Klezmer" e "Chagall na Rússia", Joann Sfar.