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Domésticas dos EUA parabeniza Octavia Spencer pela conquista do Oscar

27/02/2012 18h00

Washington, 27 fev (EFE).- A Aliança Nacional de Empregadas Domésticas nos Estados Unidos parabenizou a atriz Octavia Spencer nesta segunda-feira pela sua interpretação da empregada Minny Jackson no filme "Histórias Cruzadas", uma atuação que resultou no Oscar de melhor atriz coadjuvante.

"'História Cruzadas' lança luz sobre a vida real das domésticas com uma atuação merecedora de prêmio", disse em comunicado Ai-jen Poo, a diretora-executiva do sindicato que defende às empregadas domésticas nos Estados Unidos.

Na noite do último domingo, enquanto a cerimônia de entrega da 84ª edição dos prêmios Oscar era realizada em Hollywood, dezenas de empregadas domésticas se concentravam em Los Angeles para torcerem pela atriz. "Nós somos 'Histórias Cruzadas'! Nós somos 'Histórias Cruzadas'!", cantavam as mulheres.

No comunicado do grêmio, Carmen Lima, a filha de uma trabalhadora doméstica que compareceu nesta celebração, disse: "Todas as domésticas triunfaram por causa de Octavia", que, na vida real, é a sexta dos sete filhos de uma faxineira.

"O triunfo de Spencer é uma vitória profunda para uma artista talentosa e para as trabalhadoras domésticas em todas as partes", assinalou Ai-jen Poo. "Agradecemos por trazer a luz as histórias das domésticas e a dignidade de seu trabalho", completou a diretora-executiva do sindicato das trabalhadoras domésticas dos EUA.

Para muitas trabalhadoras domésticas e seus companheiros, a noite de premiação do Oscar também teve outra satisfação: a indicação de Demián Bichir ao prêmio de melhor ator pela interpretação do trabalhador e imigrante ilegal Carlos Galindo no filme "Uma Vida Melhor".

No entanto, segundo Ai-jen Poo, o melhor dos triunfos ocorreu "antes da premiação".

"Um filme com uma mensagem poderosa e um elenco de personagens femininas, incluindo algumas das mulheres mais invisíveis na sociedade (as trabalhadoras domésticas), foi visto por milhões de pessoas no mundo todo", acrescentou Ai-jen Poo. "Quando as vozes e as histórias das mulheres são ouvidas tudo é possível", finalizou. EFE

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