Casas de leilões chinesas compram coleções de arte local para revender
Paloma Caballero.
Pequim, 22 fev (EFE).- A principal casa de leilões chinesa, Poly Auction, procura colecionadores de arte chinesa ao redor do mundo que queiram se desfazer de seus "tesouros" para atender à demanda de seu mercado interno.
Com US$ 11,5 bilhões em vendas e US$ 4,7 milhões arrecadados em 1.668 leilões, a China se transformou em líder do mercado mundial de arte em 2011.
"Buscamos colecionadores que possuam arte chinesa e que queiram vender. Temos dezenas de escritórios no mundo, na Europa, em Londres e Paris", destacou à Agência Efe o diretor-executivo da Poly Auction, Zhao Xu, pintor e filho do artista Zhao Zhungwang, que dirige a empresa desde sua criação, há seis anos.
Segundo ele, a crise na zona do euro impulsiona o setor com a entrada de mais colecionadores, seja para comprar ou vender.
"O rápido crescimento econômico (da China) é paralelo ao interesse dos chineses ricos, que depois de satisfazer desejos com casas, automóveis e joias, querem colecionar a arte do país em todos os tipos de material", disse Zhao.
O diretor disse que o mercado chinês da arte é "muito dinâmico", como demonstrou o leilão de junho do ano passado, que aconteceu numa sala de "20 mil metros quadrados, o maior espaço do mundo".
"Há colecionadores que confiam em nós, pois sabem que na China é possível pagar preços mais elevados", acrescentou Zhao, que citou o exemplo de um empresário belga, de família aristocrática, que teve de leiloar parte de sua coleção chinesa devido à crise e faturou US$ 131 milhões.
O sucesso de vendas da Beijing Poly International Auction Company, especializada em arte chinesa moderna e contemporânea, é justificado pelos preços milionários que esse tipo de arte pode alcançar. Desde artigos imperiais, como selos e pinturas pessoais do imperador, até um automóvel Ferrari completamente pintado ao estilo oriental.
Em 2011, o pintor mais cotado foi o chinês Qi Baishi, com sua obra "Águia sobre pinheiro", arrematado em um leilão a US$ 57,2 milhões, segundo o site China.org.
A empresa conta com uma equipe que viaja seis vezes ao ano para Estados Unidos e Europa. A casa de leilões tem o apoio oficial, ações do Estado e é cotada em bolsa. Seu diretor foi premiado em 2011 pela imprensa chinesa, enquanto a revista americana "Art + Auction" o elegeu a sexta pessoa mais influente do mundo artístico.
Zhao mostrou orgulhoso à Agência Efe sua coleção familiar, que conta cinco pinturas de cavalos do famoso artista Xu Beihong, pintados no século XX, na Índia.
"A coleção estava em um museu em fase de renovação e ninguém queria comprá-la. Estava procurando há muito tempo e agora vale US$ 5 milhões", revelou.
Segundo ele, tudo o que é arte chinesa tem grande mercado em seu país de origem, onde cresce o número de colecionadores.
"Nossos clientes são principalmente de Pequim, centro das transações, mas também do resto da China. Hong Kong, concorrente por sua história, mas com um terço do volume, observa o que fazemos", destacou.
Zhao nega que o segredo seja a norma na compra e venda de arte, pois "alguns colecionadores ficam felizes por serem conhecidos pelo que alcançaram e pagam impostos por isso, embora outros prefiram o anonimato".
Pequim, 22 fev (EFE).- A principal casa de leilões chinesa, Poly Auction, procura colecionadores de arte chinesa ao redor do mundo que queiram se desfazer de seus "tesouros" para atender à demanda de seu mercado interno.
Com US$ 11,5 bilhões em vendas e US$ 4,7 milhões arrecadados em 1.668 leilões, a China se transformou em líder do mercado mundial de arte em 2011.
"Buscamos colecionadores que possuam arte chinesa e que queiram vender. Temos dezenas de escritórios no mundo, na Europa, em Londres e Paris", destacou à Agência Efe o diretor-executivo da Poly Auction, Zhao Xu, pintor e filho do artista Zhao Zhungwang, que dirige a empresa desde sua criação, há seis anos.
Segundo ele, a crise na zona do euro impulsiona o setor com a entrada de mais colecionadores, seja para comprar ou vender.
"O rápido crescimento econômico (da China) é paralelo ao interesse dos chineses ricos, que depois de satisfazer desejos com casas, automóveis e joias, querem colecionar a arte do país em todos os tipos de material", disse Zhao.
O diretor disse que o mercado chinês da arte é "muito dinâmico", como demonstrou o leilão de junho do ano passado, que aconteceu numa sala de "20 mil metros quadrados, o maior espaço do mundo".
"Há colecionadores que confiam em nós, pois sabem que na China é possível pagar preços mais elevados", acrescentou Zhao, que citou o exemplo de um empresário belga, de família aristocrática, que teve de leiloar parte de sua coleção chinesa devido à crise e faturou US$ 131 milhões.
O sucesso de vendas da Beijing Poly International Auction Company, especializada em arte chinesa moderna e contemporânea, é justificado pelos preços milionários que esse tipo de arte pode alcançar. Desde artigos imperiais, como selos e pinturas pessoais do imperador, até um automóvel Ferrari completamente pintado ao estilo oriental.
Em 2011, o pintor mais cotado foi o chinês Qi Baishi, com sua obra "Águia sobre pinheiro", arrematado em um leilão a US$ 57,2 milhões, segundo o site China.org.
A empresa conta com uma equipe que viaja seis vezes ao ano para Estados Unidos e Europa. A casa de leilões tem o apoio oficial, ações do Estado e é cotada em bolsa. Seu diretor foi premiado em 2011 pela imprensa chinesa, enquanto a revista americana "Art + Auction" o elegeu a sexta pessoa mais influente do mundo artístico.
Zhao mostrou orgulhoso à Agência Efe sua coleção familiar, que conta cinco pinturas de cavalos do famoso artista Xu Beihong, pintados no século XX, na Índia.
"A coleção estava em um museu em fase de renovação e ninguém queria comprá-la. Estava procurando há muito tempo e agora vale US$ 5 milhões", revelou.
Segundo ele, tudo o que é arte chinesa tem grande mercado em seu país de origem, onde cresce o número de colecionadores.
"Nossos clientes são principalmente de Pequim, centro das transações, mas também do resto da China. Hong Kong, concorrente por sua história, mas com um terço do volume, observa o que fazemos", destacou.
Zhao nega que o segredo seja a norma na compra e venda de arte, pois "alguns colecionadores ficam felizes por serem conhecidos pelo que alcançaram e pagam impostos por isso, embora outros prefiram o anonimato".
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