CPJ classifica Brasil como quarto país mais letal do mundo para imprensa
Nações Unidas, 14 fev (EFE).- O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) classificou nesta quinta-feira o Brasil como o quarto país mais letal do mundo para a imprensa em 2012, devido a um aumento dos assassinatos de profissionais da área, da impunidade e da censura promovida pelo setor judiciário.
"Embora o perfil internacional do Brasil segue em ascensão, seu governo deixou de mostrar liderança em matéria de liberdade de imprensa de maneira sistemática. A violência contra a imprensa se intensificou e quatro jornalistas foram assassinados devido ao exercício da profissão", afirmou o CPJ em seu relatório anual "Ataques à Imprensa".
Apresentado na sede da ONU em Nova York, o relatório global da organização denuncia que o ano passado houve um aumento "sem precedentes" no número de jornalistas assassinados (70) e presos (232) no mundo.
Seis dos sete jornalistas assassinados nos dois últimos anos no país fizeram reportagens sobre corrupção oficial ou crimes. Todos eles, com exceção de um, trabalhavam fora dos grandes centros urbanos, onde a justiça não conseguiu resolver os crimes e processar os responsáveis.
A organização indicou que mundialmente 67% das vítimas investigavam corrupção governamental e 43% receberam ameaças antes de serem assassinadas. A CPJ lamentou concretamente que mais da metade dos suspeitos (52%) de terem cometidos os crimes eram funcionários do governo.
A CPJ assegurou que a posição do Brasil em seu Índice de Impunidade, que inclui os países onde os assassinatos de jornalistas ocorrem com mais regularidade e as autoridades não resolvem os crimes, também piorou no ano passado.
"Os obstáculos no Brasil são particularmente alarmantes dada sua condição de líder regional e sede de uma vasta e diversa rede de meios de comunicação", advertiu a organização.
A CPJ lamentou o fato do Brasil fazer objeções a uma proposta da Unesco para ajudar no combater da impunidade e proteger os jornalistas.
Depois das críticas, o governo expressou por meio de sua embaixadora na ONU seu apoio à liberdade de imprensa e alguns elementos do plano, mas segundo a CPJ o compromisso do Brasil com a liberdade de expressão ficou em dúvida em outro importante assunto internacional.
O país apoiou no ano passado uma iniciativa liderada pelo Equador para enfraquecer a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e a Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão.
Por último, a CPJ elogiou duas iniciativas do governo para incentivar a liberdade: a aprovação da Lei de Acesso à Informação e a criação da Comissão da Verdade, criada para investigar os crimes cometidos durante os períodos militares.
"Embora o perfil internacional do Brasil segue em ascensão, seu governo deixou de mostrar liderança em matéria de liberdade de imprensa de maneira sistemática. A violência contra a imprensa se intensificou e quatro jornalistas foram assassinados devido ao exercício da profissão", afirmou o CPJ em seu relatório anual "Ataques à Imprensa".
Apresentado na sede da ONU em Nova York, o relatório global da organização denuncia que o ano passado houve um aumento "sem precedentes" no número de jornalistas assassinados (70) e presos (232) no mundo.
Seis dos sete jornalistas assassinados nos dois últimos anos no país fizeram reportagens sobre corrupção oficial ou crimes. Todos eles, com exceção de um, trabalhavam fora dos grandes centros urbanos, onde a justiça não conseguiu resolver os crimes e processar os responsáveis.
A organização indicou que mundialmente 67% das vítimas investigavam corrupção governamental e 43% receberam ameaças antes de serem assassinadas. A CPJ lamentou concretamente que mais da metade dos suspeitos (52%) de terem cometidos os crimes eram funcionários do governo.
A CPJ assegurou que a posição do Brasil em seu Índice de Impunidade, que inclui os países onde os assassinatos de jornalistas ocorrem com mais regularidade e as autoridades não resolvem os crimes, também piorou no ano passado.
"Os obstáculos no Brasil são particularmente alarmantes dada sua condição de líder regional e sede de uma vasta e diversa rede de meios de comunicação", advertiu a organização.
A CPJ lamentou o fato do Brasil fazer objeções a uma proposta da Unesco para ajudar no combater da impunidade e proteger os jornalistas.
Depois das críticas, o governo expressou por meio de sua embaixadora na ONU seu apoio à liberdade de imprensa e alguns elementos do plano, mas segundo a CPJ o compromisso do Brasil com a liberdade de expressão ficou em dúvida em outro importante assunto internacional.
O país apoiou no ano passado uma iniciativa liderada pelo Equador para enfraquecer a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e a Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão.
Por último, a CPJ elogiou duas iniciativas do governo para incentivar a liberdade: a aprovação da Lei de Acesso à Informação e a criação da Comissão da Verdade, criada para investigar os crimes cometidos durante os períodos militares.
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