Filme francês "The Artist" arrasa nos prêmios Bafta
Dani Bosque.
Londres, 12 fev (EFE).- O filme mudo e em preto e branco "The Artist" arrasou neste domingo na festa do cinema britânico ao conseguir sete Baftas, em uma noite que consagrou Meryl Streep em seu papel de Margaret Thatcher e que premiou Pedro Almodóvar.
Em cerimônia que parecia uma prévia do Oscar, mas com sabor britânico, foi um filme francês que levou todas as honras, ganhando sete dos 12 prêmios aos quais era candidato e consolidando seu papel de favorito para os prêmios da Academia de Hollywood, que serão entregues dentro de duas semanas.
"The Artist" conseguiu o prêmio de melhor filme; melhor ator para o francês Jean Dujardin; melhor diretor e melhor roteiro original para Michel Hazanavicius, que subiu quatro vezes ao palco do Royal Opera House de Londres para receber prêmios.
"Já disse tudo o que queria", declarou na última vez que subiu ao palco Hazanavicius, que antes tinha agradecido aos acadêmicos britânicos por dar-lhe o Bafta de melhor roteiro original, embora seu filme não tenha diálogos.
"Vejo que os senhores são gente inteligente e lhes agradeço por isso", brincou o diretor, que venceu, entre outros, um cineasta consagrado como Martin Scorsese, candidato a melhor diretor por "Hugo".
Foi tal o domínio de "The Artist" que não surpreenderam as declarações de Peter Straughan quando recebeu o Bafta de melhor roteiro adaptado, um dos dois do britânico "O Espião que Sabia Demais", indicado para 11 categorias.
"Agradeço a 'The Artist' que não tenha se baseado em um livro", disse o roteirista do filme, que também ganhou o Bafta de melhor filme britânico.
A autoridade do filme francês - que também levou os prêmios de melhor trilha sonora, melhor fotografia e melhor figurino - deixou também sem prêmio o compositor espanhol Alberto Iglesias, indicado pela música de "O Espião que Sabia Demais".
Uma das surpresas da noite foi a vitória de "A Pele que Habito" do diretor espanhol Pedro Almodóvar na categoria de melhor filme de fala não inglesa, pois todas as apostas eram para o iraniano "A Separação".
Este é o quinto Bafta para Almodóvar, que não foi à cerimônia em Londres e enviou uma nota de agradecimento lida pelo apresentador do prêmio, o ator de Bollywood Anil Kapoor.
Uma das ganhadoras que era dada como certa era Meryl Streep, que já tem dois Baftas.
Além de se consagrar no Reino Unido com sua interpretação de Margaret Thatcher em "A Dama de Ferro", a veterana atriz, de 62 anos, foi a figura da noite ao perder seu sapato quando subia as escadas do palco para receber o prêmio de melhor atriz.
O ator Colin Firth, que apresentava o prêmio, pegou o sapato e o colocou no pé da atriz, transformada por um momento em Cinderela.
"A ambição deste filme era olhar de dentro a Dama de Ferro para descobrir algo escondido na vida de alguém a quem todos achávamos conhecer", disse uma Meryl Streep visivelmente emocionada ao receber seu prêmio.
"A Dama de Ferro" também ganhou o Bafta de melhor maquiagem, em uma festa onde as grandes expectativas depositadas no cinema britânico não foram cumpridas.
O canadense Christopher Plummer levou o Bafta de melhor ator coadjuvante, se tornando aos 82 anos no ator mais veterano a ganhá-lo, enquanto a americana Octavia Spencer venceu como melhor atriz coadjuvante por seu papel de criada negra em "The Help".
O documentário "Senna", sobre o piloto brasileiro de Fórmula 1 Ayrton Senna, levou dois prêmios, melhor documentário e melhor edição, mesmo número de "Hugo" de Martin Scorsese, que concorria em nove categorias.
Embora não tenha ganhado o Bafta de melhor diretor, o diretor americano recebeu os aplausos mais calorosos da noite ao receber o Bafta honorífico a sua trajetória, que inclui filmes como "Taxi Driver", "Os Infiltrados" e "Touro Indomável".
Londres, 12 fev (EFE).- O filme mudo e em preto e branco "The Artist" arrasou neste domingo na festa do cinema britânico ao conseguir sete Baftas, em uma noite que consagrou Meryl Streep em seu papel de Margaret Thatcher e que premiou Pedro Almodóvar.
Em cerimônia que parecia uma prévia do Oscar, mas com sabor britânico, foi um filme francês que levou todas as honras, ganhando sete dos 12 prêmios aos quais era candidato e consolidando seu papel de favorito para os prêmios da Academia de Hollywood, que serão entregues dentro de duas semanas.
"The Artist" conseguiu o prêmio de melhor filme; melhor ator para o francês Jean Dujardin; melhor diretor e melhor roteiro original para Michel Hazanavicius, que subiu quatro vezes ao palco do Royal Opera House de Londres para receber prêmios.
"Já disse tudo o que queria", declarou na última vez que subiu ao palco Hazanavicius, que antes tinha agradecido aos acadêmicos britânicos por dar-lhe o Bafta de melhor roteiro original, embora seu filme não tenha diálogos.
"Vejo que os senhores são gente inteligente e lhes agradeço por isso", brincou o diretor, que venceu, entre outros, um cineasta consagrado como Martin Scorsese, candidato a melhor diretor por "Hugo".
Foi tal o domínio de "The Artist" que não surpreenderam as declarações de Peter Straughan quando recebeu o Bafta de melhor roteiro adaptado, um dos dois do britânico "O Espião que Sabia Demais", indicado para 11 categorias.
"Agradeço a 'The Artist' que não tenha se baseado em um livro", disse o roteirista do filme, que também ganhou o Bafta de melhor filme britânico.
A autoridade do filme francês - que também levou os prêmios de melhor trilha sonora, melhor fotografia e melhor figurino - deixou também sem prêmio o compositor espanhol Alberto Iglesias, indicado pela música de "O Espião que Sabia Demais".
Uma das surpresas da noite foi a vitória de "A Pele que Habito" do diretor espanhol Pedro Almodóvar na categoria de melhor filme de fala não inglesa, pois todas as apostas eram para o iraniano "A Separação".
Este é o quinto Bafta para Almodóvar, que não foi à cerimônia em Londres e enviou uma nota de agradecimento lida pelo apresentador do prêmio, o ator de Bollywood Anil Kapoor.
Uma das ganhadoras que era dada como certa era Meryl Streep, que já tem dois Baftas.
Além de se consagrar no Reino Unido com sua interpretação de Margaret Thatcher em "A Dama de Ferro", a veterana atriz, de 62 anos, foi a figura da noite ao perder seu sapato quando subia as escadas do palco para receber o prêmio de melhor atriz.
O ator Colin Firth, que apresentava o prêmio, pegou o sapato e o colocou no pé da atriz, transformada por um momento em Cinderela.
"A ambição deste filme era olhar de dentro a Dama de Ferro para descobrir algo escondido na vida de alguém a quem todos achávamos conhecer", disse uma Meryl Streep visivelmente emocionada ao receber seu prêmio.
"A Dama de Ferro" também ganhou o Bafta de melhor maquiagem, em uma festa onde as grandes expectativas depositadas no cinema britânico não foram cumpridas.
O canadense Christopher Plummer levou o Bafta de melhor ator coadjuvante, se tornando aos 82 anos no ator mais veterano a ganhá-lo, enquanto a americana Octavia Spencer venceu como melhor atriz coadjuvante por seu papel de criada negra em "The Help".
O documentário "Senna", sobre o piloto brasileiro de Fórmula 1 Ayrton Senna, levou dois prêmios, melhor documentário e melhor edição, mesmo número de "Hugo" de Martin Scorsese, que concorria em nove categorias.
Embora não tenha ganhado o Bafta de melhor diretor, o diretor americano recebeu os aplausos mais calorosos da noite ao receber o Bafta honorífico a sua trajetória, que inclui filmes como "Taxi Driver", "Os Infiltrados" e "Touro Indomável".
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