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Ex-estagiária da Casa Branca fala sobre relação com Kennedy em novo livro

06/02/2012 16h19

Nova York, 6 fev (EFE).- Mimi Alford, estagiária da Casa Branca entre 1962 e 1963, revela em um livro, previsto para ser lançado essa semana nos Estados Unidos, que o então presidente John F. Kennedy manteve uma relação afetiva e extraconjugal com ela durante um ano e meio.

Mimi, que tem 69 anos e se aposentou como administradora de uma igreja em Nova York, foi estagiária no escritório de imprensa da Casa Branca no verão de 1962, quando iniciou uma relação com o ex-presidente americano, revelou o jornal "New York Post".

Segundo a imprensa americana, quatro dias depois que Mimi, com 19 anos na época, chegou à Casa Branca, o presidente Kennedy, de 45 anos, fez um inusitado convite a estagiária: um banho de piscina na mansão.

Depois da piscina, Mimi e outras jovens foram convidadas para um encontro vespertino. Segundo a ex-estagiária, o então presidente dos Estados Unidos ela para o "dormitório da senhora (Jacqueline) Kennedy", beijou, acariciou e iniciou a vida sexual da mesma.

Em 1962, Mimi Beardsley era uma aluna da Universidade Wheaton, um colégio feminino em Massachusetts, e as versões sobre sua relação com Kennedy apareceram, pela primeira vez, em uma biografia do presidente, a qual foi publicada em 2003, por Robert Dallek.

A assistente de imprensa de Kennedy, Barbara Gamarekian, também fez referências a essa relação em testemunhos transcritos pela Biblioteca e Museu Presidencial John F. Kennedy.

O jornal "The New York Post", que afirma que obteve uma cópia avançada do livro, intitulado "Once Upon a Secret", publicou segmentos nos quais Mimi descreve seu primeiro encontro sexual com Kennedy e outros muitos incidentes nos 18 meses seguintes.

Segundo o relato da ex-estagiária, o presidente soltou os botões do vestido da jovem e perguntou se essa seria sua primeira relação sexual.

"Estás bem?", perguntou Kennedy, que, segundo Mimi, seguiu adiante "de maneira mais gentil" até o fim da relação. Após o ato, ele "subiu suas calças", sorriu e pediu que a moça fosse para o banho.

"Estava comovida. Ele, por sua parte, atuava como o que ocorreu fosse a coisa mais natural do mundo", continua Mimi no livro, segundo jornal americano, que acrescenta que a jovem, na volta para sua casa, repetia muitas vezes a frase: "Já não sou virgem".

Segundo o trecho publicado pelo jornal "New York Post", Mimi assegura em seu livro que a relação sexual dos dois era "variada e divertida". Mimi ainda detalha que o então presidente dos EUA gostava de ficar com ela na banheira enquanto brincavam com uns patinhos de borracha, os quais foram apelidados com os nomes dos integrantes da família Kennedy.

Em uma ocasião, segundo o relato publicado, Kennedy sugeriu à jovem que aliviasse o estresse de seu assistente Dave Powers com sexo oral, ao que a jovem, embora envergonhada, consentiu. No entanto, a ex-estagiária rejeitou uma proposta similar em relação ao Robert Kennedy, irmão de John.

O livro também revela que Kennedy tinha medo que o então vice-presidente, Lyndon Johnson, utilizasse esse romance contra ele, pedindo que Mimi se mantivesse "afastada" do político, o qual acabaria assumindo a Presidência dos EUA após o assassinato de JFK em Dallas (Texas).

A ex-estagiária ainda revela que a última vez que esteve com Kennedy foi no dia 15 de novembro de 1963, em Nova York, uma semana antes de seu assassinato. Na ocasião, eles se encontraram no Hotel Carlyle, de Manhattan.

"Ele me deu um longo abraço e disse que ele gostaria que fosse com ele para o Texas", acrescenta a mulher, que naquela época estava a ponto de se casar, algo que parecia não incomodar Kennedy, segundo explica Mimi no livro, o qual chegará ao mercado nesta semana.