Catar compra "Os jogadores de cartas", de Cézanne, por US$ 250 milhões
Nova York, 6 fev (EFE).- A obra "Os jogadores de cartas", de Paul Cézanne (1839-1906), foi adquirida em 2011 pela família real do Catar por US$ 250 milhões, um preço recorde para um quadro vendido em leilão ou em transação privada, segundo a revista "Vanity Fair".
A venda da conhecida peça, que representa uma partida de cartas entre dois camponeses franceses, surpreende por seu elevado custo, já que o número pulveriza qualquer recorde que os analistas de arte tenham conhecimento, divulgou nesta segunda-feira o site da conhecida revista americana.
O quadro pertencia ao magnata grego George Embiricos, e foi vendido por uma quantia que superou outras ofertas de revendedores de prestígio no ramo, como Larry Gagosian e William Acuaqvella - e a revista assinalou que o preço final pode chegar a US$ 300 milhões, dependendo das taxas de câmbio aplicadas no momento da compra.
A pintura mais cara já vendida em um leilão até o momento era "Nu, Folhas Verdes e Busto", do espanhol Pablo Picasso (1881-1973), leiloada em Nova York em maio de 2010 por US$ 106,5 milhões.
No entanto, outras peças de Picasso, Jackson Pollock (1912-1956), Gustav Klimt (1862-1918) e Willem de Kooning (1904-1997) mudaram de mãos em transações privadas por preços entre US$ 125 e US$ 150 milhões, destacou a "Vanity Fair".
Em todo caso, "Os jogadores de cartas", cuja série tem mais quatro quadros que se encontram nas coleções do Museu Metropolitano de Arte de Nova York, o Museu de Orsay de Paris, o Courtauld de Londres e a Barnes Foundation da Pensilvânia, se estabelece, assim, como a obra de arte mais cara já vendida.
De acordo com a revista, o Catar quer se tornar um ponto de referência mundial em arte e o quadro será exposto no Museu Árabe de Arte Moderna, inaugurado em 2010 e onde há inúmeras peças famosas de Mark Rothko (1903-1970) e Andy Warhol (1928-1987), entre outros artistas.
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