Portela se inspira na Bahia para acabar com jejum de 26 anos sem títulos
Rio de Janeiro, 3 fev (EFE).- A escola de samba Portela, uma das mais tradicionais do carnaval carioca, espera pôr fim ao jejum de 26 anos sem títulos com um samba inovador, inspirado no sincretismo e nas festas da Bahia.
A agremiação azul e branco, que desfilará na noite do dia 19 de fevereiro, na Marquês de Sapucaí, apresentará o enredo "E o povo na rúa cantando. É feito uma reza, um ritual...", o qual pretende mostrar a alegria e a espontaneidade do povo baiano através de suas festas populares.
Segundo o diretor artístico da Portela, o carnavalesco Paulo Menezes, "a Bahia tem o dom de encantar porque é a terra na qual se misturam em um só o branco e o negro, o sagrado e o profano, o afro e o barroco".
Centrado na "baianidade", o samba deste ano fala do Senhor de Bonfim, de Yemanyá, dos orixás, das batucadas e da capoeira, verdadeiros símbolos da Bahia.
"Já que o tema está inspirado na Bahia, quis incluir o universo baiano no universo do carnaval", disse à agência Efe Paulo Menezes durante uma visita à Cidade do Samba, localizada na Gamboa, onde as escolas preparam os carros alegóricos e as fantasias do carnaval.
Menezes confirmou que visitou Salvador para mergulhar na cultura dessa região, além de que muitas das figuras preparadas para o desfile são, na verdade, replicas de obras de artistas baianos.
Fundada em 1923, no popular bairro de Madureira, a Portela não leva o título do carnaval carioca desde 1984, ano no qual se impôs com o tema "Contos da Areia" ("Contos da areia"), que, por sinal, também era inspirado na Bahia e seus encantos.
Da mesma forma que naquela ocasião, o samba deste ano também cita a "Clara guerreira", em referência à Clara Nunes. Um verdadeiro símbolo da Portela, a cantora morreu em abril de 1983, aos 40 anos - um ano antes do último título da escola.
Clara Nunes ficou marcada pela interpretação do verdadeiro hino "Portela na Avenida", assinada por Mauro Duarte e Paulo Cesar Pinheiro, que desde 1981 enche de orgulho os seguidores dessa popular escola.
Segundo a imprensa, o samba que Portela cantará este ano é antológico, e os críticos consideram a letra como uma das melhores compostas na última década para o carnaval carioca.
Para Wanderley Monteiro, um dos quatro compositores do samba enredo, o êxito do samba Portela - que reúne multidões na quadra escola, situada na rúa Clara Nunes -, é relacionado com sua estrutura musical, que se sai foge um pouco dos tradicionais enredos de carnaval.
A composição em questão tem três refrãos e 37 versos, mais que os que costuma ter um samba tradicional, o que faz com que seu ritmo seja mais ágil e seja apreciada pelos foliões. Mesmo faltando duas semanas para o começo das festas, a Portela já aparece como uma das favoritas ao título que não é conquistado há 26 anos.
A agremiação azul e branco, que desfilará na noite do dia 19 de fevereiro, na Marquês de Sapucaí, apresentará o enredo "E o povo na rúa cantando. É feito uma reza, um ritual...", o qual pretende mostrar a alegria e a espontaneidade do povo baiano através de suas festas populares.
Segundo o diretor artístico da Portela, o carnavalesco Paulo Menezes, "a Bahia tem o dom de encantar porque é a terra na qual se misturam em um só o branco e o negro, o sagrado e o profano, o afro e o barroco".
Centrado na "baianidade", o samba deste ano fala do Senhor de Bonfim, de Yemanyá, dos orixás, das batucadas e da capoeira, verdadeiros símbolos da Bahia.
"Já que o tema está inspirado na Bahia, quis incluir o universo baiano no universo do carnaval", disse à agência Efe Paulo Menezes durante uma visita à Cidade do Samba, localizada na Gamboa, onde as escolas preparam os carros alegóricos e as fantasias do carnaval.
Menezes confirmou que visitou Salvador para mergulhar na cultura dessa região, além de que muitas das figuras preparadas para o desfile são, na verdade, replicas de obras de artistas baianos.
Fundada em 1923, no popular bairro de Madureira, a Portela não leva o título do carnaval carioca desde 1984, ano no qual se impôs com o tema "Contos da Areia" ("Contos da areia"), que, por sinal, também era inspirado na Bahia e seus encantos.
Da mesma forma que naquela ocasião, o samba deste ano também cita a "Clara guerreira", em referência à Clara Nunes. Um verdadeiro símbolo da Portela, a cantora morreu em abril de 1983, aos 40 anos - um ano antes do último título da escola.
Clara Nunes ficou marcada pela interpretação do verdadeiro hino "Portela na Avenida", assinada por Mauro Duarte e Paulo Cesar Pinheiro, que desde 1981 enche de orgulho os seguidores dessa popular escola.
Segundo a imprensa, o samba que Portela cantará este ano é antológico, e os críticos consideram a letra como uma das melhores compostas na última década para o carnaval carioca.
Para Wanderley Monteiro, um dos quatro compositores do samba enredo, o êxito do samba Portela - que reúne multidões na quadra escola, situada na rúa Clara Nunes -, é relacionado com sua estrutura musical, que se sai foge um pouco dos tradicionais enredos de carnaval.
A composição em questão tem três refrãos e 37 versos, mais que os que costuma ter um samba tradicional, o que faz com que seu ritmo seja mais ágil e seja apreciada pelos foliões. Mesmo faltando duas semanas para o começo das festas, a Portela já aparece como uma das favoritas ao título que não é conquistado há 26 anos.
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