Promotor de lei antipirataria nos EUA adia seu debate indefinidamente
Washington, 20 jan (EFE).- O republicano Lamar Smith, promotor nos Estados Unidos do projeto de lei SOPA, contra a pirataria na internet, anunciou nesta sexta-feira que adiou indefinidamente a apresentação do texto para votação na Câmara de Representantes (Deputados), após escutar as preocupações de cidadãos e as reivindicações de grandes empresas da rede.
Smith disse que renuncia a levar a iniciativa SOPA (Stop Online Piracy Act) à votação enquanto não houver um acordo mais amplo que permita combater a pirataria, depois de na terça-feira ter se limitado a adiá-la a fevereiro após as primeiras pressões.
A declaração de Smith aconteceu depois que o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, assegurou que o debate de outro projeto antipirataria conhecido como Pipa (Protect IP Act) também seria adiado na Câmara Alta.
Smith, no entanto, insistiu em sua determinação de proteger as indústrias criativas dos EUA da pirataria na internet.
"Está claro que temos que revisar o enfoque para encontrar a melhor maneira de abordar o problema dos ladrões estrangeiros que roubam e vendem as invenções e produtos americanos", acrescentou.
O promotor do SOPA insistiu em que tanto ele como o comitê legislativo que aborda o assunto continuariam trabalhando para encontrar a fórmula adequada e proteger a indústria cultural americana.
"O problema da pirataria on line é grande demais para ignorá-lo. As indústrias americanas de propriedade intelectual proporcionam 19 milhões de empregos bem remunerados e representam mais de 60% das exportações dos EUA", precisou Smith.
"O roubo da propriedade intelectual dos EUA costa a sua economia US$ 100 bilhões ao ano e a perda de milhares de empregos. O Congresso não pode se manter à margem", advertiu.
Estes projetos querem bloquear os serviços de qualquer site que esteja sob investigação do Departamento de Justiça americana por ter publicado sem permissão material sob direitos autorais de propriedade intelectual e se encontre em qualquer lugar.
Isso suscitou o temor que fiquem bloqueadas páginas legítimas nas quais os usuários compartilham conteúdos.
No último dia 18 a enciclopédia livre virtual Wikipedia em sua versão em inglês e outras páginas da internet fecharam temporariamente seus serviços e outras, como o Google, colocaram sinais de queixa em protesto contra a polêmica lei.
Os fundadores dos grandes portais da internet enviaram há poucos dias uma carta ao Congresso na qual argumentaram que a lei "vai criar um ambiente de medo e incerteza tremendo para a inovação tecnológica, e prejudica gravemente a credibilidade dos Estados Unidos em seu papel como administrador da infraestrutura de chaves da internet".
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