Candombe incorpora canto e coro para sobreviver no Paraguai
Assunção, 15 jan (EFE).- A cultura africana ainda vive no Paraguai com a incorporação do canto e do coro ao candombe, ritmo musical que há décadas é interpretado pela comunidade negra no país.
"Antigamente só dançávamos ao ritmo de tambores, mas hoje o grupo está cantando música afrolatina, fazendo coros, além de teatro", afirmou à Agência Efe Lázaro Medina, diretor do Balé Grupo Tradicional Kamba Kua.
No Paraguai, os afrodescendentes estão dispersos em várias comunidades próximas de Assunção, mas a de "Kamba Kua" é a que mais se destaca, pois seu festival de dança e música em honra do rei mago negro reúne diversos artistas nacionais.
Medina se refere assim à apresentação da cantora paraguaia Marivi Vargas na 21ª edição do Festival Kamba Kua, realizado no fim de semana para milhares de pessoas.
A comunidade Kamba Kua (caverna dos negros, em guarani), está situada na fronteira entre Fernando de la Mora e San Lorenzo, próximo de Assunção, e é a mais representativa das originais que integravam a guarda usada pelo herói uruguaio José Artigas (1764-1850) em seu exílio.
"O balé tem 30 anos de história, mas hoje comemoramos os 21 anos deste festival, da grande festa kamba, e se chegamos até aqui é porque o povo está interessado e participa", informou Medina, membro de uma família que há anos se reveza na organização do evento.
Lázaro é filho de Santiago Medina, que apesar de seus 93 anos, acompanha a festa em cadeira de rodas, e tio de vários jovens que dançam no balé "para manter esta tradição que chamamos de afroparaguaia", disse.
"Tomara que possa viver muitos anos mais para continuar participando da festa das minhas origens", disse à Agência Efe o nonagenário, ao lembrar que na época em que ele participava do balé não havia uma celebração tão grande como a de São Baltasar.
O grupo é formado por 30 adultos e dezenas de jovens e crianças que antes de subir ao palco passam por uma escola de dança que foca na aprendizagem familiar.
"Estamos lutando pela preservação da cultura, ensinando às crianças, aos jovens para que eles possam manter esta tradição, para que não sofram discriminação", afirmou Lázaro Medina, ao enfatizar que o canto "faz muito bem" ao grupo que dirige.
Marivi Vargas explicou que a idéia desta fusão é "ajudar à divulgação da cultura afroparaguaia", agregando compassos da galopa, ritmo local, ou música crioula peruana que ela interpreta em seus shows solo.
A cantora compôs inicialmente dois temas com os Kamba Kua, mas o repertório conjunto aumentou para 15 canções depois que a ONU declarou 2011 como ano internacional dos afrodescendentes.
Uma prévia do espetáculo "Negritud de colores" foi apresentada em 2011, ano do Bicentenário de Independência do Paraguai, no início de uma turnê de divulgação pelo interior do país, mas sua apresentação formal estava reservada para o festival de Reyes.
"É um show didático, onde as pessoas podem apreciar a cultura afroparaguaia, afrolatinoamericana", ressaltou Marivi, que disse adorar os Kamba Kua, pois a motivam a "cantar e fazer coro".
"Antigamente só dançávamos ao ritmo de tambores, mas hoje o grupo está cantando música afrolatina, fazendo coros, além de teatro", afirmou à Agência Efe Lázaro Medina, diretor do Balé Grupo Tradicional Kamba Kua.
No Paraguai, os afrodescendentes estão dispersos em várias comunidades próximas de Assunção, mas a de "Kamba Kua" é a que mais se destaca, pois seu festival de dança e música em honra do rei mago negro reúne diversos artistas nacionais.
Medina se refere assim à apresentação da cantora paraguaia Marivi Vargas na 21ª edição do Festival Kamba Kua, realizado no fim de semana para milhares de pessoas.
A comunidade Kamba Kua (caverna dos negros, em guarani), está situada na fronteira entre Fernando de la Mora e San Lorenzo, próximo de Assunção, e é a mais representativa das originais que integravam a guarda usada pelo herói uruguaio José Artigas (1764-1850) em seu exílio.
"O balé tem 30 anos de história, mas hoje comemoramos os 21 anos deste festival, da grande festa kamba, e se chegamos até aqui é porque o povo está interessado e participa", informou Medina, membro de uma família que há anos se reveza na organização do evento.
Lázaro é filho de Santiago Medina, que apesar de seus 93 anos, acompanha a festa em cadeira de rodas, e tio de vários jovens que dançam no balé "para manter esta tradição que chamamos de afroparaguaia", disse.
"Tomara que possa viver muitos anos mais para continuar participando da festa das minhas origens", disse à Agência Efe o nonagenário, ao lembrar que na época em que ele participava do balé não havia uma celebração tão grande como a de São Baltasar.
O grupo é formado por 30 adultos e dezenas de jovens e crianças que antes de subir ao palco passam por uma escola de dança que foca na aprendizagem familiar.
"Estamos lutando pela preservação da cultura, ensinando às crianças, aos jovens para que eles possam manter esta tradição, para que não sofram discriminação", afirmou Lázaro Medina, ao enfatizar que o canto "faz muito bem" ao grupo que dirige.
Marivi Vargas explicou que a idéia desta fusão é "ajudar à divulgação da cultura afroparaguaia", agregando compassos da galopa, ritmo local, ou música crioula peruana que ela interpreta em seus shows solo.
A cantora compôs inicialmente dois temas com os Kamba Kua, mas o repertório conjunto aumentou para 15 canções depois que a ONU declarou 2011 como ano internacional dos afrodescendentes.
Uma prévia do espetáculo "Negritud de colores" foi apresentada em 2011, ano do Bicentenário de Independência do Paraguai, no início de uma turnê de divulgação pelo interior do país, mas sua apresentação formal estava reservada para o festival de Reyes.
"É um show didático, onde as pessoas podem apreciar a cultura afroparaguaia, afrolatinoamericana", ressaltou Marivi, que disse adorar os Kamba Kua, pois a motivam a "cantar e fazer coro".
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