Exposição em Paris revela século 20 latino-americano por livros de fotografia
A fotografia latino-americana do século 20 revelará seus segredos em Paris a partir do dia 19 de janeiro na exposição "Foto/gráfica. Uma nova história dos livros latino-americanos de fotografia", anunciaram nesta terça-feira (10) seus organizadores.
A exposição fará um passeio "pelo século de história da América Latina através de seus maiores livros de fotografia", em uma mostra que, depois de 8 de abril, seu último dia em Paris, viajará à Espanha, Estados Unidos e pela própria América Latina.
O evento reúne cerca de 40 grandes livros de fotografia editados entre 1921 e 2012 e selecionados pelo historiador Horacio Fernández, conselheiro do Museu Reina Sofía de Madri e comissário da PhotoEspaña entre 2004 e 2006.
Como promotor principal da mostra, Fernández foi também quem convidou Marcelo Brodsky, Iatã Cannabrava, Lesley Martin, Martin Parr e Ramon Reverté a fazer parte de seu comitê assessor, explicou à Agência Efe em Le Bal, o centro de exposições de Paris que receberá a mostra.
A exposição será dividida em seis eixos temáticos: "História e propaganda", "Fotografia urbana", "Ensaios fotográficos", "Livros de artistas", "Literatura e fotografia" e "Livros contemporâneos".
A ideia de organizá-la surgiu em 2007, no primeiro fórum latino-americano sobre fotografia de São Paulo, ao comprovar "a ausência" de uma cartografia dos livros de fotografia publicados no continente no século 20, explicou Fernández em comunicado.
A exposição é o fruto de uma pesquisa de três anos, na mídia fotográfica e gráficos, arquivos, editores, colecionadores, bibliotecas e artistas de 19 países latino-americanos, de Cuba a Patagônia, acrescentou.
Para Fernández, esse estudo crítico "revela a incrível contribuição da América Latina para a história mundial do livro de fotografia". A decoração da exposição é obra de Jasmin Oezcebi, autora das exposições "Dada", no Centro Pompidou de Paris, e "Chefs d'Oeuvre", no Centro Pompidou de Metz, no nordeste da França.
O projeto foi coproduzido por Le Bal, o Instituto Moreira Salles, o Ivory Press de Madri, a Aperture Foundation de Nova York e o Museu do Livro e da Língua de Buenos Aires.
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