Homenagem lembra os 125 anos de nascimento do artista plástico Diego Rivera
México, 8 dez (EFE).- A casa de Diego Rivera, um dos artistas plásticos mais importantes da América Latina no século 20, foi enfeitada nesta quinta-feira com dúzias de flores para festejar os 125 anos de seu nascimento, disseram à Agência Efe fontes do museu instalado na residência de Guanajuato (México).
"É um dia importante para os mexicanos e para a arte latino-americana porque Diego Rivera é um de seus principais expoentes", disse o diretor do Museu Casa Diego Rivera, Eligio Rubalcava.
No pátio da casa de três andares, foram distribuídas 16 dúzias de copos-de-leite, flores que frequentemente apareciam nas pinturas de Rivera como as diversas telas que levam o nome de "Mujer con Alcatraces" (Mulher com Copos-de-leite).
Ao longo desta quinta-feira, seis escolas que levam o nome do artista compareceram ao museu para conhecer de perto as 175 obras ali expostas. Dentre elas, destacavam-se 20 óleos elaborados durante os anos de formação do pintor na Cidade do México e de suas viagens à Europa, e nas quais se pode perceber a influência dos impressionistas.
Duas obras muito importantes, "El Fusilero Marino" e "El Retrato de la Señora Cristoser", exemplificam o trabalho cubista de Rivera, que pode ser apontado como um dos precursores deste movimento de vanguarda.
Segundo o diretor do museu, com os copos-de-leite e os atos de cunho social como a visita das escolas, o local se encontra com uma atmosfera exuberante que só se repete nos dias 24 de novembro, quando se lembra a morte do artista. O museu é "uma casa despretensiosa, de classe média", onde viviam os pais de Rivera.
Além dessa homenagem, o Conselho Nacional para a Cultura e as Artes do México (Conaculta) emitiu um comunicado no qual elogiou o legado artístico de Diego Rivera, "um criador que levou a arte mexicana ao mundo".
Em 1950, ganhou o Prêmio Nacional de Ciências e Artes do México e após sua morte, em 1957, o também marido de Frida Kahlo (1907-1954) repousa na Rotunda das Pessoas Ilustres da capital mexicana.
Em meio à extensa obra deste artista comunista, destaca-se a série de painéis feitos nos muros de edifícios públicos como o Palácio Nacional (1929-1935), a Secretaria de Educação Pública (1922), o Palácio de Belas Artes (1936), o Estado Olímpico (1955), o Teatro Insurgentes (1953) e o Anfiteatro Simón Bolívar do Antigo Colégio de São Ildefonso, todos eles na Cidade do México.
O Museu Mural de Diego Rivera abriga seu principal painel, "Sueño de una tarde dominical en la Alameda Central", elaborado em 1946 no Hotel del Prado. Além disso, o artista espalhou sua arte nos murais de diversas cidades dos Estados Unidos.
Diego Rivera também foi lembrado pelo buscador Google, que o homenageou nesta quinta-feira com a imagem de uma de suas obras no logo do site.
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