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EUA relembram 70º aniversário do ataque japonês a Pearl Harbor

07/12/2011 14h34

Washington, 7 dez (EFE).- OS Estados Unidos lembraram nesta quarta-feira o 70º aniversário do ataque japonês contra a base de Pearl Habor, que motivou a entrada dos americanos na Segunda Guerra Mundial.

Em mensagem por ocasião da comemoração, o chefe do Pentágono, Leon Panetta, disse que os sobreviventes daquele ataque "representam o melhor da nossa nação".

No dia 7 de dezembro de 1941, os aviões japoneses bombardearam e metralharam a estação naval e militar dos EUA no Havaí em um ataque no qual morreram mais de 3.500 americanos.

O então presidente Franklin D. Roosevelt, que qualificou o fato como "uma data que sobreviverá na infâmia", pediu ao Congresso e obteve a declaração de guerra contra o Japão, o que por sua vez desencadeou as declarações de guerra de Alemanha e Itália, aliados do Japão, contra os EUA.

Na terça-feira o presidente Barack Obama assinou uma proclamação que designa a data como Dia Nacional de Lembrança de Pearl Harbor e pediu que todos os americanos posicionem suas bandeiras a meio mastro em memória dos mortos.

A tenacidade daqueles soldados dos EUA "ajudou a definir a geração mais grandiosa de nossa história e sua coragem fortaleceu todos os que serviram durante a Segunda Guerra Mundial", acrescentou a mensagem presidencial.

"Como nação, observamos o dia 7 de dezembro de 1941 para receber força do exemplo dado por aqueles patriotas e para honrar todos os que se sacrificaram por nossas liberdades", afirmou o presidente.

"Nossos inimigos acreditavam que esse ataque repentino e premeditado nos enfraqueceria. Mas, esse dia realmente despertou um gigante adormecido", declarou Panetta.

Cerca de 416 mil militares e 1.700 americanos (0,32% da população) morreram nos quatro anos seguintes que terminaram com a rendição do Japão depois que os EUA lançaram duas bombas nucleares sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki.

O Japão perdeu mais de 2,1 milhões de soldados e quase um milhão de civis durante a guerra.

Ainda estão vivos três mil veteranos americanos de Pearl Harbor, a maioria octogenários e nonagenários, a quem Panetta agradeceu por "seus sacrifícios, seu zelo ilimitado para garantir que nossos filhos e netos brindem uma vida melhor à geração seguinte".

No Havaí mais de uma centena de sobreviventes do ataque japonês participarão em cerimônia, no porto de Pearl Harbor, com a presença do secretário da Marinha, Ray Mabus, e dirigentes civis e militares.

Todo ano acontece uma comemoração similar de um lugar de onde se avista o encouraçado Arizona, destroçado pelo ataque japonês que matou 1.177 de seus tripulantes. Os restos do encouraçado formam um monumento nacional visitado por milhares de pessoas.

Do outro lado da ilha Ford se encontra outro monumento nacional nos restos do encouraçado Utah, afundado por torpedos durante o ataque japonês. Dos 12 navios de guerra perdidos pelos EUA nessa jornada, só sobraram os restos oxidados do Arizona e do Utah.

Na cerimônia de hoje o destróier Chung Hoon, equipado com mísseis teleguiados, dará o sinal que iniciará um minuto de silêncio às 07h55 (hora local), a mesma na qual começou o ataque do Japão. EFE