Topo

Ricardo Piglia pode ser primeiro latino-americano a receber prêmio Cervantes

O escritor argentino Ricardo Piglia participa de evento onde recebe o prêmio Rumulo Gallegos pelo livro "Blanco Nocturno" em Caracas (2/8/2011) - REUTERS/Jorge Silva
O escritor argentino Ricardo Piglia participa de evento onde recebe o prêmio Rumulo Gallegos pelo livro "Blanco Nocturno" em Caracas (2/8/2011) Imagem: REUTERS/Jorge Silva

30/11/2011 16h18

Madri, 30 nov (EFE).- Os escritores Ernesto Cardenal, Fernando Vallejo, Nicanor Parra e Fina García Marruz aparecem entre os principais candidatos ao Prêmio Cervantes 2011, que será realizado nesta quinta-feira (30). Além destes, o argentino Ricardo Piglia também está entre os favoritos. 

Criado em 1975 pelo Ministério de Cultura, o prêmio visa reconhecer o escritor que, pelo conjunto de sua obra, tenha contribuído para enriquecer o legado literário hispânico. O vencedor também recebe uma premiação de 125 mil euros.

Apesar de não haver uma regra, o prêmio, habitualmente, alterna entre escritores da América Hispânica e da Espanha. Como a escritora catalã Ana María Matute venceu em 2010, a edição de 2011 deve ser vencida por algum escritor latino-americano.

Se essa "lei não escrita" for mantida, o Prêmio Cervantes 2011 deverá ficar nas mãos do nicaraguense Ernesto Cardenal, do chileno Nicanor Parra ou do colombiano Fernando Vallejo, que acaba de receber o Prêmio FIL na Feira Internacional do Livro de Guadalajara (México).

O escritor argentino Ricardo Piglia e a poetisa cubana Fina García Marruz, última vencedora do prêmio Rainha Sofía Ibero-Americana, também estão bem cotados. No entanto, é preciso lembrar que García Marruz não poderá participar da cerimônia na Espanha por motivos de saúde.

Por outro lado, se a edição não seguir a tradição de alternância, os principais favoritos seriam Francisco Nieva, José Manuel Caballero Bonald, os irmãos Juan e Luis Goytisolo e Javier Marías.

Em 35 edições, o Prêmio Cervantes só elegeu uma mulher como vencedora em três ocasiões: a cubana Dulce María Loynaz (1992) e as espanholas María Zambrano (1988) e Ana María Matute (2010).