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Escritora J.K. Rowling e atriz Sienna Miller depõem no caso dos grampos

24/11/2011 11h12

Londres, 24 nov (EFE).- A escritora J.K. Rowling, autora das histórias de Harry Potter, a atriz Sienna Miller e o ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), responsável pela Fórmula 1, Max Mosley vão depor nesta quinta-feira na investigação sobre as escutas ilegais da imprensa britânica.

O processo, a cargo do juiz britânico Lord Leveson, está centrado na ética jornalística após o escândalo de espionagem do extinto jornal britânico "The News of the World", que durante anos grampeou os celulares de famosos e vítimas de terrorismo.

Na etapa desta quinta-feira - no prédio da Real Corte de Justiça, em Londres - devem prestar depoimento Rowling, quem já havia feito queixas pelo assédio de fotógrafos "paparazzi" contra seus filhos, e Sienna e Mosley, também alvos de grampos.

Sob a condição de anonimato também depõe nesta quinta uma pessoa que teve o telefone grampeado ao envolver-se em um relacionamento com um famoso.

Nesse depoimento, cuja depoente foi identificada como "HJK", não será permitida a presença na sala de público ou jornalistas, embora a declaração deva ser transcrita.

Sentarão no banco nesta semana ainda o ator britânico Hugh Grant e Gerry e Kate McCann, pais da menina Madeleine McCann, que desapareceu em Portugal em maio de 2007.

O "The News of the World", fechado em julho após o escândalo das denúncias, praticou durante anos, aparentemente de forma sistemática, espionagem de celulares de famosos, jornalistas e pessoas comuns.

Em 2006 a espionagem se tornou pública, porém o caso foi arquivado pela polícia. Em janeiro deste ano as investigações recomeçaram após novas denúncias. O escândalo ganhou fôlego há poucos meses quando veio à tona que os celulares de familiares de vítimas de crimes, terrorismo e das guerras do Afeganistão e do Iraque haviam sido grampeados.

A Scotland Yard (Polícia Metropolitana de Londres) está investigando atualmente o caso dos grampos ilegais praticados por jornalistas do "The News of the World", o tabloide que foi forçado a encerrar suas atividades após 168 anos de história em consequência do escândalo. EFE