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Uruguai leva música clássica para Antártida em comemoração do bicentenário

23/11/2011 16h46

Montevidéu, 23 nov (EFE).- O Uruguai levará sua música à Antártida em dezembro com dois concertos do Conjunto de Câmara do país como parte dos festejos pelo bicentenário da independência, informaram fontes oficiais nesta quarta-feira.

Essa será a primeira vez que uma orquestra se apresenta no continente gelado. A iniciativa é do Serviço Oficial de Difusão, Radiotelevisão e Espetáculos do Uruguai e "representa uma experiência insólita, inédita e única", disse à Agência Efe sua vice-presidente María Pollak, que liderará o grupo musical.

Na Antártida, "como em poucos lugares do mundo existe a confraternização e a irmandade entre pessoas de diferentes países e culturas", destacou. "Não há fronteiras e muitos trabalham em projetos científicos pensando no bem-estar das futuras gerações", acrescentou.

Os concertos apresentados "tentam ser uma amostra de cooperação internacional no ano em que o Uruguai celebra seu bicentenário", afirmou Pollak. O primeiro deles está previsto para o dia 11 de dezembro na base uruguaia General Artigas e o segundo na base chilena Presidente Eduardo Frei, sem data confirmada e que dependerá das condições do clima.

O diretor da base General Artigas, o tenente-coronel Longino Sosa, participou por telefone da cerimônia de apresentação e destacou a "grande expectativa" que existe nas bases de vários países pela apresentação dos músicos.

As autoridades uruguaias convidaram para as apresentações musicais os integrantes das bases científicas de Chile, China, Rússia e Coreia do Sul, próximas à do Uruguai.

Sosa lembrou que na base uruguaia a temperatura costuma ser de menos três graus nessa época e com e uma sensação térmica, devido aos ventos, de menos 18 graus, embora o dia seja ensolarado. O militar estimou que entre 60 e 70 pessoas, a maioria chegadas das bases próximas, poderão presenciar o concerto na base General Artigas.

Nas apresentações serão interpretados clássicos de Franz Schubert, Antonio Vivaldi e Luigi Boccherini, mas também música popular do argentino Astor Piazzolla, da chilena Violeta Parra e dos uruguaios Carlos Gardel, César Cortinas, Elbio Rodríguez Barilari e Gerardo Moreira. EFE