Especialista culpa língua inglesa por perda de identidade do mandarim
Pequim, 8 nov (EFE).- O mandarim, idioma mais falado do mundo, está perdendo sua identidade devido à influência do inglês e precisa ser protegido, advertiu em Hong Kong um dos mais proeminentes linguistas da China.
De acordo com Yu Guangzhong, professor de mandarim há mais de meio século no Taiwan, Estados Unidos e Hong Kong, o inglês "infectou o mandarim", e não apenas na ex-colônia britânica, onde durante 150 anos se tentou ensinar o idioma de Shakespeare aos chineses do território, mas também na China, "onde a situação é ainda pior".
No país asiático, afirmou Yu, "todo o mundo quer estudar inglês", o que causou uma grande influência dessa língua no idioma chinês: muitos termos tecnológicos e científicos, inclusive os usados por profissionais, são anglicismos, destacou o lingüista.
"Isto produz erros, e estes erros serão exportados à medida que o mandarim se transforme em uma língua internacional", previu Yu, que fala inglês e francês e ressaltou que o russo também exerceu durante décadas uma grande influência sobre o mandarim.
O especialista citou como um sintoma da perda de identidade do mandarim o rápido descenso no uso dos "cheng yu", aforismos de quatro sílabas que na China são usados com sentido metafórico, de forma similar aos refrães.
"Existiram durante milhares de anos, são parte da cultura, mas agora muitos que escrevem chinês não os conhecem ou só sabem alguns poucos", lamentou.
"Uma ocidentalização rápida e forte destruiu o estado natural do idioma chinês e se tornou prejudicial. As pessoas devem despertar imediatamente e resistir com todas suas forças", comentou.
O mandarim é o idioma com mais falantes nativos no planeta (900 milhões), apesar destes se concentrarem apenas na China, Taiwan e Cingapura (em Hong Kong se utiliza mais o dialeto cantonês); motivo pelo qual línguas como inglês, espanhol e francês são consideradas mais "internacionais".
A China empreendeu na última década um programa de impulso de sua língua em outros países, principalmente com a criação de institutos para o ensino deste idioma no mundo todo. EFE
De acordo com Yu Guangzhong, professor de mandarim há mais de meio século no Taiwan, Estados Unidos e Hong Kong, o inglês "infectou o mandarim", e não apenas na ex-colônia britânica, onde durante 150 anos se tentou ensinar o idioma de Shakespeare aos chineses do território, mas também na China, "onde a situação é ainda pior".
No país asiático, afirmou Yu, "todo o mundo quer estudar inglês", o que causou uma grande influência dessa língua no idioma chinês: muitos termos tecnológicos e científicos, inclusive os usados por profissionais, são anglicismos, destacou o lingüista.
"Isto produz erros, e estes erros serão exportados à medida que o mandarim se transforme em uma língua internacional", previu Yu, que fala inglês e francês e ressaltou que o russo também exerceu durante décadas uma grande influência sobre o mandarim.
O especialista citou como um sintoma da perda de identidade do mandarim o rápido descenso no uso dos "cheng yu", aforismos de quatro sílabas que na China são usados com sentido metafórico, de forma similar aos refrães.
"Existiram durante milhares de anos, são parte da cultura, mas agora muitos que escrevem chinês não os conhecem ou só sabem alguns poucos", lamentou.
"Uma ocidentalização rápida e forte destruiu o estado natural do idioma chinês e se tornou prejudicial. As pessoas devem despertar imediatamente e resistir com todas suas forças", comentou.
O mandarim é o idioma com mais falantes nativos no planeta (900 milhões), apesar destes se concentrarem apenas na China, Taiwan e Cingapura (em Hong Kong se utiliza mais o dialeto cantonês); motivo pelo qual línguas como inglês, espanhol e francês são consideradas mais "internacionais".
A China empreendeu na última década um programa de impulso de sua língua em outros países, principalmente com a criação de institutos para o ensino deste idioma no mundo todo. EFE
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