Richard Gere comenta crise mundial no Festival de Cinema de Roma
Sara Rojas.
Roma, 3 nov (EFE).- O ator americano Richard Gere declarou nesta quinta-feira em Roma que as principais causas da crise econômica são a cobiça e a irresponsabilidade, mas se mostrou otimista em relação ao futuro dizendo que "as pessoas devem perceber que os problemas podem ser combatidos".
"Uma cobiça sem fim e uma total irresponsabilidade são as causas da crise mundial. E o que mais incomoda as pessoas é que os responsáveis por tudo isto fizeram carreira, portanto a sensação que nasce dentro de nós é a de que fomos violados", disse o ator no 6º Festival Internacional de Cinema de Roma.
Assim como Maryl Streep e Julianne Moore, Richard Gere será homenageado na sexta-feira com o Prêmio Marco Aurélio de Ouro por sua carreira cinematográfica.
Em entrevista coletiva, Gere aproveitou para apoiar "as manifestações pacíficas e inteligentes" que recentemente mobilizaram jovens do mundo todo, descontentes com a atual situação política e econômica: "Dessa maneira, as autoridades começaram a entender que há uma exigência da população para falar e ser escutada".
Nesta quinta-feira, o intérprete visitou a capital italiana para encontrar seus fãs e apresentar uma cópia restaurada de "Cinzas no Paraíso", um filme de Terrence Malick e o primeiro papel principal de Gere no cinema.
Em entrevista, o ator contou que não sabe quando optou por sua carreira, embora desde a infância tenha sido um grande fã do teatro, que o ajudou a superar a timidez. Mais tarde, enquanto cursava a universidade, fez um teste para um filme e quando foi escolhido sentiu que estava seguindo o caminho certo.
"Quando soube que tinham me escolhido senti um calor enorme e me senti cheio de uma nova energia que me dizia: é isto que você deve fazer", comentou. No entanto, o ator negou se sentir um "sex symbol", como a mídia costuma se referir a ele, dizendo que essa é uma realidade que não corresponde com sua vida.
Gere destacou que, apesar de se divertir fazendo cinema, o mais importante em sua vida é a família e a relação com seus mestres budistas, com os quais mantém uma relação muito estreita. "O cinema é um trabalho maravilhoso, é um prazer, mas não tenho expectativas. Para mim o que conta realmente é a vida", acrescentou o ator de 62 anos.
Quanto a sua relação com o budismo, Gere afirmou que as pessoas não devem buscar nas religiões um objetivo, mas um meio para alcançar fins determinados. "Acho que todos nos sentimos mal quando enfrentamos a realidade e o budismo me impactou exatamente por isso, porque tende a superar a realidade que nos confunde", concluiu. EFE
Roma, 3 nov (EFE).- O ator americano Richard Gere declarou nesta quinta-feira em Roma que as principais causas da crise econômica são a cobiça e a irresponsabilidade, mas se mostrou otimista em relação ao futuro dizendo que "as pessoas devem perceber que os problemas podem ser combatidos".
"Uma cobiça sem fim e uma total irresponsabilidade são as causas da crise mundial. E o que mais incomoda as pessoas é que os responsáveis por tudo isto fizeram carreira, portanto a sensação que nasce dentro de nós é a de que fomos violados", disse o ator no 6º Festival Internacional de Cinema de Roma.
Assim como Maryl Streep e Julianne Moore, Richard Gere será homenageado na sexta-feira com o Prêmio Marco Aurélio de Ouro por sua carreira cinematográfica.
Em entrevista coletiva, Gere aproveitou para apoiar "as manifestações pacíficas e inteligentes" que recentemente mobilizaram jovens do mundo todo, descontentes com a atual situação política e econômica: "Dessa maneira, as autoridades começaram a entender que há uma exigência da população para falar e ser escutada".
Nesta quinta-feira, o intérprete visitou a capital italiana para encontrar seus fãs e apresentar uma cópia restaurada de "Cinzas no Paraíso", um filme de Terrence Malick e o primeiro papel principal de Gere no cinema.
Em entrevista, o ator contou que não sabe quando optou por sua carreira, embora desde a infância tenha sido um grande fã do teatro, que o ajudou a superar a timidez. Mais tarde, enquanto cursava a universidade, fez um teste para um filme e quando foi escolhido sentiu que estava seguindo o caminho certo.
"Quando soube que tinham me escolhido senti um calor enorme e me senti cheio de uma nova energia que me dizia: é isto que você deve fazer", comentou. No entanto, o ator negou se sentir um "sex symbol", como a mídia costuma se referir a ele, dizendo que essa é uma realidade que não corresponde com sua vida.
Gere destacou que, apesar de se divertir fazendo cinema, o mais importante em sua vida é a família e a relação com seus mestres budistas, com os quais mantém uma relação muito estreita. "O cinema é um trabalho maravilhoso, é um prazer, mas não tenho expectativas. Para mim o que conta realmente é a vida", acrescentou o ator de 62 anos.
Quanto a sua relação com o budismo, Gere afirmou que as pessoas não devem buscar nas religiões um objetivo, mas um meio para alcançar fins determinados. "Acho que todos nos sentimos mal quando enfrentamos a realidade e o budismo me impactou exatamente por isso, porque tende a superar a realidade que nos confunde", concluiu. EFE
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