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"Experiência CSI" aproxima ciência legista e fãs da série em Nova York

02/10/2011 10h03

Elena Moreno.

Nova York, 2 out (EFE).- Resolver três misteriosos crimes em cenários completamente diferentes e fazê-lo com as mais modernas técnicas legistas, ao estilo dos investigadores da famosa série de televisão "CSI": tudo isso é possível através da exposição interativa que o museu Discovery inaugura em Nova York.

"CSI: The Experience" é o título desta exposição, aberta de 1º de outubro a março de 2012, que procura aproximar o público da ciência legista e dos mais modernos procedimentos científicos para resolver assassinatos e outros delitos, e que se baseia na série "CSI Las Vegas", há dez anos no ar e com milhões de fãs no mundo todo.

"Mantenha a mente aberta. Lembre-se de que os mortos não falam e de que é preciso escutar o que as evidências dizem". Estas são as frases que o visitante escuta no início desta exposição interativa e que na série são frequentemente pronunciadas por seu protagonista e principal investigador, Gil Grissom, interpretado por William Petersen.

"A série é conhecida em 180 países de todo o mundo e é uma das que mais sucesso alcançaram, por isso muita gente quer ver a exposição", disse à Agência Efe durante uma entrevista o produtor e comissário da mostra, Christoph Rahofer.

A mostra, que já visitou Las Vegas e Chicago, chega agora a Nova York porque "desde que começou, em 2006, estava claro que com este mercado do entretenimento tínhamos que vir aqui", acrescentou.

Rahofer recriou não só três cenários diferentes de crimes nos quais os fãs do doutor Grissom e de sua equipe de detetives e legistas podem desenvolver suas habilidades de investigação, mas também um laboratório muito similar ao da série que se passa em Las Vegas (Nevada).

"Como é baseada na primeira versão da série, a de Las Vegas, há um cenário que é um deserto", explicou Rahofer.

Os outros dois crimes por resolver, no melhor estilo da série, são o assassinato de uma mulher em uma viela dessa cidade e a colisão de um automóvel contra uma casa.

A aventura neste museu, situado no centro de Manhattan, começa com a chegada a uma sala de conferências similar à utilizada por Grissom para distribuir os casos entre os investigadores. Lá, o visitante recebe uma folha parecida à que qualquer detetive tem de preencher após ter constatado um crime, e que servirá para ir anotando suas pesquisas.

Desta sala o visitante segue para examinar qualquer um dos três cenários, para depois chegar aos laboratórios, onde através de computadores - que dispõem de oito idiomas diferentes - comprovam impressões digitais, comparam fotografias, examinam provas de DNA, fibras de roupa, calibre de balas e exames dentais das vítimas.

"As pessoas estão interessadas na exposição porque gostam de resolver quebra-cabeças. A experiência é como a busca por um tesouro, e no final o mistério é solucionado com a ajuda da tecnologia", disse o comissário da mostra, que também assinalou que "é um processo muito intenso transferir as ideias da série para uma experiência interativa".

A exposição explica a natureza interdisciplinar da ciência legista, na qual há elementos de medicina, química, biologia e física, mas também bom senso e intuição.

Para completar este cenário interativo, que inclui uma ida às salas de autópsias recriadas para a mostra, trabalharam os especialistas do museu de Ciência de Fort Worth (Texas) e da National Science Foundation, assim como 250 especialistas legistas, explicou Rahofer.

A exposição conclui apresentando o relatório final com a solução do assassinato ao enigmático Grissom em seu próprio escritório, recriado como aparece na série na qual William Petersen encarnou o personagem por nove anos, e onde comunica ao fã/investigador se conseguiu resolver seu particular "CSI".