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Francis Ford Coppola relembra morte do filho ao apresentar novo filme

12/09/2011 21h59

Toronto (Canadá), 12 set (EFE).- O diretor americano Francis Ford Coppola teve de segurar as lágrimas nesta segunda-feira ao falar do filho Gian-Carlo, morto em um acidente em 1986, ao reconhecer ser o responsável por sua morte.

Durante a apresentação de "Twixt", no Festival Internacional de Cinema de Toronto, Coppola disse que o novo filme o fez reconhecer que "todo pai é responsável pelo que pode acontecer com seus filhos".

O diretor americano ("O Poderoso Chefão" e "Apocalypse Now") se referia à morte do filho mais velho, Gian-Carlo, que morreu em um dramático acidente em 1986, quando tinha apenas 22 anos.

Gian-Carlo foi decapitado quando a lancha na qual viajava, pilotada pelo ator Griffin O'Neal, tentou passar por entre duas embarcações que estavam unidas por um cabo.

"Era o momento de enfrentar o fato, que, no fundo do meu coração, me sentia responsável. Porque poderia ter ido junto. Ele queria que eu fosse", revelou o emotivo Coppola.

"Penso que os pais, não importa o que aconteça, sempre irão se sentir como responsáveis pela vida dos filhos. No meu caso, eu me sentia realmente responsável", ressaltou.

Coppola também confessou que no início da carreira, as críticas feitas ao seu trabalho tinham um efeito "devastador".

"'O Poderoso Chefão' recebeu críticas terríveis. Aliás, as criticas só me devastavam porque não entendia como funcionavam essas coisas. Trinta anos depois, os mesmos filmes ficaram interessantes. Agora, eu sei que o que faço agora terá de esperar 30 anos por uma critica favorável. Como não estarei vivo até lá, nunca vou saber", concluiu.