George Clooney chega a Veneza para apresentar "The Ides of March"
Veneza (Itália), 31 ago (EFE).- George Clooney só precisa aparecer para que todos caiam rendidos a seus pés e isso foi o que aconteceu nesta quarta-feira em Veneza, onde abriu o festival com "The Ides of March" (ainda sem título em português), um filme político que traz grandes nomes em seu elenco.
Vestido com terno cinza e trazendo um par de óculos escuros no bolso de seu paletó, Clooney chegou entre aplausos e com pouco esforço conquistou uma sala repleta de jornalistas.
Philip Seymour Hoffman, Paul Giamatti, Marisa Tomei e Evan Rachel Wood - faltava apenas o protagonista do filme, Ryan Gosling - apoiaram um Clooney que na realidade não precisava de ninguém para se vender.
Por essa razão, não faltaram brincadeiras e comentários irônicos - "Gosto de me dirigir e dizer: 'Bom take, George'"-, enquanto as perguntas comprometedoras foram respondidas com brilho: "Não vou dar conselhos a Dominique Strauss-Kahn (ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, FMI) para nada. Cada país tem seus escândalos sexuais e meu trabalho não é aconselhar a ninguém".
Clooney chega a Veneza para promover seu quarto trabalho como diretor, "The Ides of March", uma história ambientada em uma campanha presidencial americana, mas que em sua opinião tem pouco de política e muito de moralidade, ou da falta dela, e com a qual compete em Veneza pelo Leão de Ouro.
"Não acho que seja um filme político, poderia se passar em Wall Street ou em qualquer outro lugar. É mais uma questão de moralidade", explicou o ator e diretor, que ressaltou seu gosto pelos filmes nos quais os personagens "têm coisas que dizer".
Diante da proliferação de perguntas sobre seu interesse em política, Clooney respondeu que de fato se interessa pelo tema, mas que não gosta do momento atual, no qual há tanto cinismo como em seu filme. "É temporário, sou um otimista. Agora não há idealismo, mas espero que isso vá mudar em breve".
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