Autoridades alemãs prestam homenagem a vítimas do muro de Berlim
Rodrigo Zuleta.
Berlim, 13 ago (EFE).- As autoridades alemãs, lideradas pelo presidente Christian Wulff e pela chanceler Angela Merkel, prestaram uma homenagem neste sábado às vítimas do muro de Berlim em um ato que lembrou os 50 anos de sua construção.
"Não podemos esquecer o 13 de agosto de 1961 e a dor que trouxe para milhões de pessoas", disse Merkel em seu discurso.
O ato ocorreu na Bernauer Strasse, uma das ruas atravessadas pelo muro e onde ainda há restos dele. Em volta desses restos, foi criado um centro de documentação.
Diferentemente de outros locais por onde passava o muro como o Portão de Brandemburgo e a Potsdamer Platz, a Bernauer Strasse fica afastada do atual centro de Berlim, mas adquiriu um caráter emblemático que, além disso, se reforça por ter sido onde foi registrada a primeira morte de uma pessoa que tentou ir para o outro lado do muro.
Em seu discurso neste sábado, Wulff lembrou esse fato: "A primeira vítima foi Ida Siekmann, em 22 de agosto de 1961".
Nos outros discursos foram citadas outras vítimas, como Günter Litfin, que foi morto a tiros dois dias depois da morte de Ida, e Chris Gueffroy, que morreu em 6 de fevereiro de 1989 quando tentava fugir da RDA.
No total, como lembrou Wulff, pelo menos 136 pessoas morreram tentando fugir para Berlim Ocidental.
No entanto, Wulff ressaltou os mortos não foram as únicas vítimas do muro: "Além delas, milhões de pessoas tiveram que renunciar a uma vida em liberdade".
O presidente alemão, que é cristão-democrata, aproveitou para fazer um acerto de contas com aqueles que durante os anos da divisão da Alemanha não fizeram nada contra a existência do muro.
"Os sandinistas na Nicarágua receberam de alguns setores mais solidariedade do que os cidadãos oprimidos da RDA", declarou Wulff.
O ato deste sábado foi precedido por uma polêmica em torno de declarações da presidente do partido A Esquerda, Gesine Lötzsch, que afirmou que a construção do muro foi uma consequência da agressão da Alemanha nazista contra a União Soviética (URSS).
As declarações de Gesine causaram revolta e alguns políticos conservadores as viram como uma prova de que A Esquerda continua representando o pensamento ditatorial da RDA.
Alguns políticos chegaram a pedir ao prefeito de Berlim, o social-democrata Klaus Wowereit, que rompesse a coalizão que mantém com A Esquerda.
Wowereit não chegou a esse extremo, mas, em seu discurso no ato deste sábado, condenou indiretamente as declarações da política.
"É horrível que hoje ainda haja gente que continue achando que houve boas razões para construir o muro", disse.
A algumas centenas de quilômetros da Bernauer Strasse, em Rostock (nordeste), A Esquerda iniciou um congresso regional com um minuto de silêncio pelos mortos do muro de Berlim.
Em 13 de agosto de 1961 teve início a construção do muro de Berlim por ordem da cúpula da RDA, presidida por Walter Ubrich.
Poucas semanas antes, Ubrich tinha declarado à imprensa internacional que ninguém tinha a intenção de construir um muro.
Berlim, 13 ago (EFE).- As autoridades alemãs, lideradas pelo presidente Christian Wulff e pela chanceler Angela Merkel, prestaram uma homenagem neste sábado às vítimas do muro de Berlim em um ato que lembrou os 50 anos de sua construção.
"Não podemos esquecer o 13 de agosto de 1961 e a dor que trouxe para milhões de pessoas", disse Merkel em seu discurso.
O ato ocorreu na Bernauer Strasse, uma das ruas atravessadas pelo muro e onde ainda há restos dele. Em volta desses restos, foi criado um centro de documentação.
Diferentemente de outros locais por onde passava o muro como o Portão de Brandemburgo e a Potsdamer Platz, a Bernauer Strasse fica afastada do atual centro de Berlim, mas adquiriu um caráter emblemático que, além disso, se reforça por ter sido onde foi registrada a primeira morte de uma pessoa que tentou ir para o outro lado do muro.
Em seu discurso neste sábado, Wulff lembrou esse fato: "A primeira vítima foi Ida Siekmann, em 22 de agosto de 1961".
Nos outros discursos foram citadas outras vítimas, como Günter Litfin, que foi morto a tiros dois dias depois da morte de Ida, e Chris Gueffroy, que morreu em 6 de fevereiro de 1989 quando tentava fugir da RDA.
No total, como lembrou Wulff, pelo menos 136 pessoas morreram tentando fugir para Berlim Ocidental.
No entanto, Wulff ressaltou os mortos não foram as únicas vítimas do muro: "Além delas, milhões de pessoas tiveram que renunciar a uma vida em liberdade".
O presidente alemão, que é cristão-democrata, aproveitou para fazer um acerto de contas com aqueles que durante os anos da divisão da Alemanha não fizeram nada contra a existência do muro.
"Os sandinistas na Nicarágua receberam de alguns setores mais solidariedade do que os cidadãos oprimidos da RDA", declarou Wulff.
O ato deste sábado foi precedido por uma polêmica em torno de declarações da presidente do partido A Esquerda, Gesine Lötzsch, que afirmou que a construção do muro foi uma consequência da agressão da Alemanha nazista contra a União Soviética (URSS).
As declarações de Gesine causaram revolta e alguns políticos conservadores as viram como uma prova de que A Esquerda continua representando o pensamento ditatorial da RDA.
Alguns políticos chegaram a pedir ao prefeito de Berlim, o social-democrata Klaus Wowereit, que rompesse a coalizão que mantém com A Esquerda.
Wowereit não chegou a esse extremo, mas, em seu discurso no ato deste sábado, condenou indiretamente as declarações da política.
"É horrível que hoje ainda haja gente que continue achando que houve boas razões para construir o muro", disse.
A algumas centenas de quilômetros da Bernauer Strasse, em Rostock (nordeste), A Esquerda iniciou um congresso regional com um minuto de silêncio pelos mortos do muro de Berlim.
Em 13 de agosto de 1961 teve início a construção do muro de Berlim por ordem da cúpula da RDA, presidida por Walter Ubrich.
Poucas semanas antes, Ubrich tinha declarado à imprensa internacional que ninguém tinha a intenção de construir um muro.
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