Autor mexicano diz que espanhol não é língua articuladora da América Latina
Santander (Espanha), 2 ago (EFE).- O escritor mexicano Jorge Volpi afirmou que o espanhol "já não pode ser considerada a língua articuladora da América Latina" por "conviver" com o inglês no México e na América Central, e com o português na América do Sul, onde o Brasil é "parte integral da realidade".
Na Universidade Internacional Menéndez Pelayo de Santander, na Espanha, Volpi destacou nesta terça-feira a necessidade de cunhar "novos termos" para definir a América Latina.
"A conclusão é que talvez já não devamos falar de América Latina, nem de região ibero-americana, teríamos que encontrar termos novos para falar dessa América do Sul provavelmente unificada no futuro, e desse México e América Central vinculados ao norte de maneira inevitável para os próximos anos", declarou.
O escritor insistiu na "impossibilidade" de manter a unidade da América Latina "como sonhou" Simón Bolivar há dois séculos e ressaltou que, apesar dos "ideais unificadores", após a independência das colônias espanholas o que triunfou foi "o modelo nacionalista".
Volpi considerou que a corrupção é "um dos principais problemas a ser combatido" na região e advertiu que o desaparecimento das guerrilhas "não acabou com a violência", além de lamentar que a relação entre os países "continua sendo limitada", apesar das novas tecnologias.
Em relação à cultura, o escritor opinou que na América Latina "continuam se repetindo fenômenos", como a "reconstrução do latino", criada nos Estados Unidos e, mais concretamente, em Miami, e um "isolamento" entre os diferentes países.
"É praticamente impossível que um leitor leia livros publicados em um país vizinho", sublinhou o escritor mexicano, para quem a "narcocultura" é um "modelo exótico" criado para "satisfazer" a visão ocidental da América Latina.
De acordo com Volpi, está acontecendo uma queda "inevitável" da influência dos EUA, inclusive no México, e da Espanha na América Latina, devido à crise econômica e à segmentação da região.
Na Universidade Internacional Menéndez Pelayo de Santander, na Espanha, Volpi destacou nesta terça-feira a necessidade de cunhar "novos termos" para definir a América Latina.
"A conclusão é que talvez já não devamos falar de América Latina, nem de região ibero-americana, teríamos que encontrar termos novos para falar dessa América do Sul provavelmente unificada no futuro, e desse México e América Central vinculados ao norte de maneira inevitável para os próximos anos", declarou.
O escritor insistiu na "impossibilidade" de manter a unidade da América Latina "como sonhou" Simón Bolivar há dois séculos e ressaltou que, apesar dos "ideais unificadores", após a independência das colônias espanholas o que triunfou foi "o modelo nacionalista".
Volpi considerou que a corrupção é "um dos principais problemas a ser combatido" na região e advertiu que o desaparecimento das guerrilhas "não acabou com a violência", além de lamentar que a relação entre os países "continua sendo limitada", apesar das novas tecnologias.
Em relação à cultura, o escritor opinou que na América Latina "continuam se repetindo fenômenos", como a "reconstrução do latino", criada nos Estados Unidos e, mais concretamente, em Miami, e um "isolamento" entre os diferentes países.
"É praticamente impossível que um leitor leia livros publicados em um país vizinho", sublinhou o escritor mexicano, para quem a "narcocultura" é um "modelo exótico" criado para "satisfazer" a visão ocidental da América Latina.
De acordo com Volpi, está acontecendo uma queda "inevitável" da influência dos EUA, inclusive no México, e da Espanha na América Latina, devido à crise econômica e à segmentação da região.
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