Plácido Domingo é nomeado embaixador da indústria contra pirataria
Londres, 26 jul (EFE).- O cantor de ópera espanhol Plácido Domingo foi nomeado nesta terça-feira em Londres representante da indústria fonográfica internacional para lutar contra a pirataria no mundo todo.
O tenor de 70 anos afirmou à Agência Efe após ser nomeado presidente da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês) que seu objetivo é conscientizar governantes e líderes mundiais do grave problema que afeta a música.
"Viajo muito e terei a oportunidade de me reunir com presidentes e primeiros-ministros de todo o mundo", disse o cantor.
Em um apaixonado discurso contra a pirataria, Domingo declarou que sempre foi "um grande defensor dos direitos de todos os que acreditam e investem em música", e que as companhias e os artistas "têm que lutar juntos para conseguir o que estamos perdendo".
A IFPI, que representa 1,4 mil gravadoras de 66 países, elegeu o cantor espanhol como presidente porque "graças a seu prestígio será escutado no mundo todo" e reconheceu, além disso, que Domingo poderá ajudar a solucionar a situação na Espanha, a mais "dramática" da Europa.
Os responsáveis da indústria fonográfica revelaram que apenas 32% dos internautas espanhóis acreditam que a pirataria é um crime, contra 71% dos dinamarqueses.
Para Domingo, diretor da ópera de Los Angeles, a tecnologia tem muitas vantagens, mas também trouxe grandes desafios. "Muitos jovens aprenderam a usar internet antes de ler e não concebem pagar por música", comentou.
Além disso, o tenor lembrou que há pouco tempo as pessoas faziam filas intermináveis nas lojas para que um músico autografasse um disco, "algo que já não acontece", e destacou que as gravadoras estão desaparecendo, o que está acabando com o emprego de milhares de pessoas, não só artistas, mas também produtores, engenheiros e técnicos de som.
Domingo também mencionou os jovens músicos que fazem parte de seus diversos projetos de formação em Valência, Washington e Los Angeles. "Muitos deles não poderão ter uma carreira fonográfica por culpa da pirataria", lamentou.
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