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"NY Times" perde US$ 114 milhões no 1º semestre, mas cresce na internet

21/07/2011 19h33

Nova York, 21 jul (EFE).- A New York Times Company, empresa editora do famoso jornal nova-iorquino, anunciou nesta quinta-feira que perdeu US$ 114,3 milhões durante o primeiro semestre do ano, em comparação com os US$ 44,8 milhões de lucro no mesmo período de 2010, mas o número de assinantes da sua versão digital vai melhor que o esperado.

A companhia detalhou que entre janeiro e junho de 2011 teve uma perda líquida por ação de 78 centavos, um resultado motivado em parte pela queda de 2,9% em seu faturamento, que atingiu o patamar de US$ 1,1 bilhão.

A editora do "The New York Times", que implantou um sistema de assinatura para seus conteúdos digitais no início de abril, surpreendeu os analistas ao informar que o sistema já conta com 281 mil assinantes, com os quais já se aproxima dos 300 mil usuários que propôs como meta para o primeiro ano de funcionamento.

"O segundo trimestre foi histórico para nossa companhia, já que lançamos com sucesso as assinaturas digitais e começamos a ver os primeiros efeitos sobre nosso rendimento financeiro geral", disse a presidente e conselheira da companhia, Janet Robinson.

Nesse sentido, Robinson destacou "a resposta positiva" dos clientes aos pacotes de assinatura digital, que provocou "um aumento no volume de pagamento, no número de visitas à página e nas receitas de publicidade digital".

Durante o segundo trimestre de 2011, o faturamento por publicidade on-line aumentou 2,6%, o que compensou parcialmente a queda de 6,4% da receita com publicidade nas versões em papel de seus jornais.

Dessa forma, o total dos ingressos da The New York Times Company se colocou em US$ 576,7 milhões entre abril e junho deste ano, 2,2% menos que os US$ 589,6 milhões faturados no mesmo período do ano passado.

Robinson lembrou que, no último dia 1º de julho, a companhia vendeu mais da metade de sua participação na Fenway Sports Group, empresa proprietária da equipe de beisebol Boston Red Sox, por US$ 117 milhões, "triplicando o investimento inicial".

Essas contas foram bem recebidas pelos investidores na Bolsa de Nova York, onde, uma hora antes do fechamento, as ações da companhia subiam 1,9% até US$ 9,1, enquanto neste ano foram depreciadas em 6% e ganharam 0,9% nos últimos doze meses.