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Rupert Murdoch e filho vão prestar esclarecimentos no Parlamento britânico

14/07/2011 14h49

Londres, 14 jul (EFE).- O magnata Rupert Murdoch e seu filho, James Murdoch, comparecerão na próxima terça-feira diante de uma comissão do Parlamento britânico para prestar esclarecimentos no caso das escutas ilegais praticadas por seus jornais, anunciou nesta quinta-feira um porta-voz de sua empresa News Corporation.

Os Murdoch decidiram testemunhar após receberem uma segunda convocação, desta vez formal e com efeito legal, da Comissão de Cultura, Meios de Comunicação e Esportes da Câmara dos Comuns, após terem rejeitado um primeiro convite.

Um porta-voz da News Corporation informou que pai e filho estavam "em processo de escrever à comissão com a intenção de (...) comparecer à reunião da terça-feira".

Há dois dias, o Parlamento convocou pela primeira vez Rupert e James Murdoch e Rebekah Brooks, executiva-chefe da News International (divisão britânica de News Corporation) e diretora do tabloide sensacionalista "News of the World", que fechou no domingo, na época em que as escutas foram praticadas.

Enquanto Rebekah aceitou comparecer desde o primeiro momento, Murdoch recusou o pedido da comissão, apesar de ter se oferecido para depor na investigação judicial iniciada na quarta-feira pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Já seu filho James, presidente da News Corporation, disse que não poderia comparecer à reunião por problemas de agenda e propôs 10 de agosto como data alternativa, dia em que o Parlamento estará fechado pelo recesso do verão (Hemisfério Norte).

Embora tecnicamente os Murdoch, como cidadãos americanos, não fossem obrigados a aceitar a convocação formal desta quinta-feira, ela aumentou a pressão para que comparecessem ao Parlamento, visto que, caso se negassem, a Câmara dos Comuns poderia estudar medidas legais para sancioná-los.

Vários jornais do grupo de Murdoch, especialmente o tabloide, estão no centro de um escândalo de escutas ilegais praticadas por jornalistas para obter exclusivas.

Paralelamente à investigação policial, a comissão parlamentar realiza sua própria checagem, já que vários políticos foram vítimas desses grampos telefônicos.