Final de Harry Potter é sombrio e cheio de efeitos especiais
Alicia García de Francisco.
Redação Internacional, 14 jul (EFE).- Da infância à maturidade, da luz à escuridão. Essa parece ter sido a trajetória cinematográfica de Harry Potter, que se despede das telonas com uma sequência ainda mais dramática e comovente, passada em um ambiente tão obscuro que a trama chega a ser complicada de entender.
A oitava entrega, "Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2", põe um ponto final nas aventuras do bruxinho mais famoso do cinema e da literatura dos últimos anos. E para o tão aguardado final, os estúdios Warner lançaram finalmente a versão em 3D e não poupou em efeitos especiais para o grande confronto entre Harry e o vilão Voldemort.
Essa produção tecnológica em alguns momentos do filme contrasta duramente com algumas cenas fracas que interrompem a ação repentinamente e que, para se manter fiel ao livro de J.K Rowling, comprometem a narração cinematográfica.
As partes mais comoventes, adoradas pelos fãs, debilitam o conjunto da obra, que por outro lado, está muito dependente do 3D, sem perceber que a luz que se perde com este sistema e é preciso recuperá-la de alguma forma.
O diretor David Yates está mais focado no grande espetáculo e acabou se esquecendo dos pequenos detalhes. Parece que Yates não se deu conta de que a luz também é necessária para que se veja o que acontece na tela.
Portanto, é preciso afinar bem a vista para não perder algumas imagens incríveis, principalmente as que mostram o ataque aéreo ao castelo de Hogwart, que volta a ação após um exílio na primeira parte das relíquias da morte.
Os protagonistas continuam fazendo bonito, apesar de Daniel Radcliffe, Rupert Grint e, especialmente, Emma Watson, já apresentarem sinais de cansaço de uma saga que os fez correr sem descanso pelas telas de meio mundo durante dez anos.
E os fantásticos coadjuvantes - desde Ralph Fiennes como Voldemort a Alan Rickman como o professor Severus e Helena Bonham Carter como a malvada Bellatrix - não estão sendo tão bem aproveitados no último filme que quer dar espaço a tudo e a todos, o que faz perder um pouco a profundidade dos personagens.
Erros que, sem sombra de dúvida, não vão comprometer o sucesso de um longa ansiado pelos fãs e que certamente vai brilhar nas bilheterias mundiais. Estima-se que "Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2" deve superar US$ 1 bilhão.
O último filme da saga que já arrecadou US$ 6,3 bilhões no mundo todo, chega nesta sexta-feira aos cinemas. A expectativa é tão alta que só em venda antecipada de entradas, os circuitos americanos já faturaram US$ 25 milhões.
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