Plácido Domingo estreia ópera sobre vida de Pablo Neruda em Paris
Paris, 19 jun (EFE).- Plácido Domingo interpretará Pablo Neruda a partir desta segunda-feira, com a estreia na França de "Il Postino", obra que chega ao Teatro de Châtelet de Paris após ter triunfado nos teatros de Los Angeles e de Viena.
Estreada em setembro do ano passado pelo compositor de origem mexicana Daniel Catán, que morreu repentinamente em abril deste ano aos 62 anos, a ópera interpretada pela Orquestra Sinfônica de Navarra (norte da Espanha), é a segunda co-produção entre o teatro parisiense e a Ópera de Los Angeles, após "The Fly" (2008).
Domingo afirmou que Catán criou o papel do "Postino" pensando no tenor mexicano Rolando Villazón, que não pôde participar por problemas de saúde. O tenor espanhol disse não ter intenção de ser o único intérprete de Neruda nesta ópera e deseja compartilhá-lo com Villazón.
De acordo com o tenor, a obra segue de perto o filme "O Carteiro e o Poeta", de Michael Radford, com roteiro de Antonio Skármeta. "Catán tirou o melhor dele e em alguns momentos o filme é melhor, mas em outros é superado pela ópera, pois a música ajuda em todos os dramas", ressaltou.
Domingo aproveitou também para elogiar as vozes de Charles Castronovo e de Daniel Montenegro, que se alternarão em Paris no papel do carteiro da ilha italiana na qual Neruda se exilou junto com sua esposa, Matilde.
Um exílio "sempre é triste", mas para Neruda foi também a chance de ficar em paz, com sua esposa, depois de viajar muito e manter uma intensa atividade profissional, considerou o cantor clássico.
A ópera está repleta de momentos românticos e divertidos - com o poeta ensinando o carteiro a conquistar sua amada -, mas Domingo revela que insistiu para Catán incluir "uma cena trágica, de força, onde apareciam suas ideias políticas e a raiva que sentia por estar longe do Chile em um momento no qual eram cometidas várias atrocidades", declarou.
No romance do chileno Antonio Skármeta que inspirou o filme e a ópera, o Neruda da ficção jamais escreveu ao carteiro depois daquela amizade, o que explica o final extremamente emocionante.
O resultado é um final "tremendo", de uma força dramática muito especial, que não deixa "um olho seco em todo o teatro", concluiu o tenor.
Estreada em setembro do ano passado pelo compositor de origem mexicana Daniel Catán, que morreu repentinamente em abril deste ano aos 62 anos, a ópera interpretada pela Orquestra Sinfônica de Navarra (norte da Espanha), é a segunda co-produção entre o teatro parisiense e a Ópera de Los Angeles, após "The Fly" (2008).
Domingo afirmou que Catán criou o papel do "Postino" pensando no tenor mexicano Rolando Villazón, que não pôde participar por problemas de saúde. O tenor espanhol disse não ter intenção de ser o único intérprete de Neruda nesta ópera e deseja compartilhá-lo com Villazón.
De acordo com o tenor, a obra segue de perto o filme "O Carteiro e o Poeta", de Michael Radford, com roteiro de Antonio Skármeta. "Catán tirou o melhor dele e em alguns momentos o filme é melhor, mas em outros é superado pela ópera, pois a música ajuda em todos os dramas", ressaltou.
Domingo aproveitou também para elogiar as vozes de Charles Castronovo e de Daniel Montenegro, que se alternarão em Paris no papel do carteiro da ilha italiana na qual Neruda se exilou junto com sua esposa, Matilde.
Um exílio "sempre é triste", mas para Neruda foi também a chance de ficar em paz, com sua esposa, depois de viajar muito e manter uma intensa atividade profissional, considerou o cantor clássico.
A ópera está repleta de momentos românticos e divertidos - com o poeta ensinando o carteiro a conquistar sua amada -, mas Domingo revela que insistiu para Catán incluir "uma cena trágica, de força, onde apareciam suas ideias políticas e a raiva que sentia por estar longe do Chile em um momento no qual eram cometidas várias atrocidades", declarou.
No romance do chileno Antonio Skármeta que inspirou o filme e a ópera, o Neruda da ficção jamais escreveu ao carteiro depois daquela amizade, o que explica o final extremamente emocionante.
O resultado é um final "tremendo", de uma força dramática muito especial, que não deixa "um olho seco em todo o teatro", concluiu o tenor.
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