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Caro e incompleto, musical "Homem-Aranha" estreia na Broadway após 10 anos

Atores vestidos como Homem-Aranha apresentação de pré-estreia em maio de 2011, com o show já reformulado após a saída de Julie Taymor - Tina Fineberg/AP
Atores vestidos como Homem-Aranha apresentação de pré-estreia em maio de 2011, com o show já reformulado após a saída de Julie Taymor Imagem: Tina Fineberg/AP

14/06/2011 15h02

Nova York, 14 jun (EFE) - O musical "Spider-Man: Turn Off The Dark", baseado nos quadrinhos do herói Homem-Aranha, estreia oficialmente nesta terça-feira nos palcos da Broadway após dez anos de espera, considerado o mais caro da história e provavelmente o mais polêmico e problemático.

A peça, que já custou US$ 70 milhões, nem sequer foi finalizada. "Restam algumas coisas por fazer. Eu diria que nos falta ainda 10%", reconheceu o vocalista Bono Vox, líder do grupo irlandês U2, que compôs a trilha sonora do espetáculo junto ao seu companheiro de banda The Edge.

"Acho que nas próximas semanas ou meses haverá mais modificações", acrescentou Bono, em entrevista no centro cultural nova-iorquino 92E.

Os problemas financeiros e técnicos, os acidentes sofridos pelos protagonistas da peça, a veemência da crítica e a expulsão da diretora da obra são alguns dos fatores que atrasaram e dificultaram a produção de "Spider-Man".

Essas complicações adiaram em seis ocasiões a data da estreia oficial do espetáculo, prevista originalmente para início de 2010, o que incluiu em sua lista de recordes o título de musical da Broadway com mais ingressos prévios da história.

"Se soubéssemos que demoraria esse tempo todo, não há nenhuma possibilidade na Terra de que teríamos feito", reconheceram Bono e The Edge em entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal "The New York Times". Ambos lamentam não terem se envolvido mais no início da produção.

Diante dos inúmeros atrasos de sua abertura oficial, os críticos decidiram se unir em fevereiro e publicar suas opiniões, que foram devastadoras. O crítico do "The New York Times" Ben Brantley afirmou que o musical não é apenas a produção mais cara da Broadway, "mas também pode estar entre as piores", enquanto o jornal "Daily News" qualificou seu roteiro como "confuso" e "sem graça".