Artista britânica Sarah Morris é acusada de plágio em sua série "Origami"
Londres, 5 jun (EFE) - Sarah Morris, artista britânica cuja obra faz parte da coleção da galeria de arte moderna Tate, em Londres, foi acusada de plágio por seis artistas de diferentes países que reivindicam uma indenização milionária.
Morris enfrenta nos Estados Unidos um julgamento pelo processo de artistas da Espanha, Itália, Japão e Estados Unidos, segundo os quais sua série abstrata intitulada "Origami" consiste de plágios coloridos de suas próprias representações de insetos e aves geradas graças a essa velha técnica japonesa, equivalente a papiroflexia.
A demanda, da qual informa neste a edição dominical do britânico "The Observer", foi apresentada em um tribunal de Oakland, Califórnia, e nela afirmam que em 24 obras dessa série, Morris copiou seus modelos, modificou a cor e as vendeu depois sem dar nenhum crédito.
O advogado dos artistas, Andre Jacobson, afirma que algumas obras da série Origami de Morris foram vendidas por mais de US$ 100 mil.
Obra "Swan", da série "Origami" da artista britânica Sarah Morris, que é acusada de plágio
O origami, arte de origem japonesa, tem milhões de entusiastas no mundo todo e as montagens que executam estão em livros e revistas, assim como na internet além de à disposição para venda em galerias, mas sem que alcancem preços tão altos como os conquistados pelos supostos plágios da artista britânica.
A Tate incluiu três obras de sua série Origami na Trienal de Arte Britânica Contemporânea realizada em 2003 e em um projeto especial em apoio da candidatura do Reino Unido aos Jogos Olímpicos de 2012.
Morris, nascida em 1967, está representada pela conhecida galeria de vanguarda White Cube, de Londres, que também representa Damien Hirst, ele mesmo acusado de plágio no passado.
O advogado da artista, Donn Zaretsky, declarou ao jornal especializado "Art Newspaper" que a acusação de plágio não tem nenhum fundamento.
Os artistas que processaram Morris são Manuel Sirgo Álvarez, Robert J Lang, Noboru Miyajima, Nicola Bandoni, Toshikazu Kawasaki e Jason Ku.
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