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"Kung Fu Panda" volta aos cinemas para conquistar herança de "Shrek"

26/05/2011 17h14

Fernando Mexía.

Los Angeles, 26 mai (EFE).- O urso bonachão que se transformou em mestre de artes marciais em "Kung Fu Panda" volta nesta sexta-feira aos cinemas dos Estados Unidos para herdar um vazio deixado por "Shrek" nos estúdios da DreamWorks.

"Kung Fu Panda 2" retorna à China onde o urso panda Po (Jack Black), que subiu para a categoria de guerreiro dragão no primeiro filme, empreenderá uma missão para salvar seu país das perversas intenções de um peru real ressentido (Gary Oldman) que ameaça destruir tudo o que o heroi mais ama.

Um filme que, segundo o técnico em animação do projeto, o espanhol Alberto Corral, disse à agência Efe, "tem mais ação, mais comédia e mais emoção" que a bem-sucedida produção anterior.

A história conta os conflitos que o herói Po enfrenta com seu passado, que o faz questionar sua verdadeira identidade, adicionando um maior componente emocional à produção.

Ao lado do urso, seus amigos também estão de volta, conhecidos como os cinco furiosos, Tigress (Angelina Jolie), Monkey (Jackie Chan), Mantis (Seth Rogen), Viper (Lucy Liu) e Crane (David Cross), assim como o mentor de Po, um urso panda vermelho chamado Shifu (Dustin Hoffman), e novos personagens como o mestre Croc (Jean-Claude Van Damme).

Desta vez, os responsáveis do projeto viajaram à China para se inspirarem na região e criarem novos desenhos, algo que não ocorreu no filme original, assim como receberam aulas de introdução ao kung fu para dar mais realismo às sequências de luta.

"Começamos todas as animações do zero, mas reutilizamos o modelado dos personagens do primeiro filme", explicou Corral, que já trabalhou em "Shrek para Sempre" (2010), o últime filme da saga do famoso ogro que até agora foi a grande estrela da DreamWorks.

"Eu diria que 'Kung Fu Panda' é a nossa maior franquia agora porque Shrek acabou", comentou Corral, que explicou que o estúdio não tem planos concretos para uma terceira sequência, mas ressalta que o final de "Kung Fu Panda 2" deixa as portas abertas para uma trilogia.

Por sua vez, o novo "Kung Fu Panda" reúne o característico humor da DreamWorks com um maior dramatismo acentuado pela paleta de cor que o filme explorou, que tomou como ponto de partida o conceito oriental do yin e o yang.

"Este filme é mais obscuro que 'Shrek'", disse Corral, que começou sua carreira de forma autodidata na Espanha e chegou na DreamWorks em 2009 após participar de projetos como "Planet 51" e "O Lince Perdido".

"As cores estão associadas ao estado de ânimo das cenas. Os tons escuros no filme estão relacionados com o peru real, com vermelhos e intensos, enquanto os de Po são azulados que dão tranquilidade, paz interior", apontou Corral.

A partir da sexta-feira, o destino da saga estará nas mãos da bilheteria, onde "Kung Fu Panda" chegou ao topo em 2008 após arrecadar mais de US$ 630 milhões no mundo todo, US$ 200 milhões a mais que "Shrek" em 2001.

Se o panda mantiver a mesma trajetória ascendente em comparação ao ogro, os números da sequência poderão chegar até US$ 1 bilhão, apesar de entrar em uma disputa acirrada com o quarto filme de "Piratas do Caribe".

Além de "Kung Fu Panda 2", DreamWorks apresentará este ano "O Gato de Botas", que tem como protagonista o personagem que pegou emprestado a voz de Antonio Banderas em "Shrek" e com o qual o estúdio tentará manter vivo o legado do ogro.