Cópia de "La Pietá" morta desvia atenção da Bienal de Veneza
Roma, 25 mai (EFE) - Uma nova reinterpretação da famosa "La Pietá" de Michelangelo gerou polêmica na Itália por representar a Virgem Maria, protagonista da obra, com o corpo de um esqueleto inerte e o rosto da morte.
A obra do artista belga Jan Fabre vai concorrer diretamente com a 54ª edição da Bienal de Arte de Veneza, já que estará exposta na cidade do norte da Itália nas mesmas datas do festival, de 1º de junho a 16 de outubro.
Mas a polêmica sobre a nova imagem de Nossa Senhora não para por aí. A escultura do artista belga representou o rosto de Jesus Cristo com particulares traços físicos.
Chama a atenção que o corpo do filho de Deus esteja em avanço estado de decomposição, por isso que vários insetos emanam dos poros abertos do tronco do corpo humano e das feridas da face de Cristo.
Detalhe de reinterpretação da obra "La Pietá" do artista belga Jan Fabre mostra Jesus sustentando com sua mão direita um cérebro
Outra grande diferença de "La Pietá" de Fabre em comparação com a de Michelangelo é que na obra do escultor belga Jesus sustenta com sua mão direita um cérebro.
"São os neurônios que permitem sentir a compaixão e por isso representei como um cérebro, do que tudo depende e inclusive a alma do indivíduo", precisou Fabre em várias entrevistas.
O artista explica que trabalhou durante dois anos para concluir essa obra e garante que o mármore utilizado para sua criação foi extraído do santuário de Carrara, no mesmo lugar do qual foi extraído o material usado por Michelangelo há mais de cinco séculos.
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