Novos grupos de salsa tentam manter vivo o ritmo latino
Jorge J. Muñiz Ortiz.
San Juan, 24 mai (EFE).- Orquestra Macabeo, PVC, San Juan Habana, NG2 e Villariny Salsa Project são alguns dos grupos porto-riquenhos da nova geração da salsa que tentam manter vivo o ritmo latino.
O diretor da Orquestra Macabeo, José Ibañez, afirmou à Agência Efe que a salsa "não está morta", mas queixou-se de que os fãs preferem escutar os cantores mais famosos e se esquecem da nova geração.
"O que acontece é que as pessoas estão acostumadas a ouvir e viver das lembranças da salsa mais antiga e não escutam o que existe agora", declarou Ibáñez.
O músico explicou que a Macabeo, criada em 2009, foi formada porque seus integrantes gostam "da salsa antiga", em referência àquela produzida nas décadas de 1960 e 1970 em Nova York, porque, segundo ele, "a salsa atual não diz nada".
"Em Porto Rico, há muitos salseiros, mas muitos não conhecem as raízes do ritmo. O que importa é ser bonito e fazer dinheiro", disse.
Os integrantes da Orquestra Macabeo, conhecidos como 'macabiônicos', se caracterizam pelo estilo tradicional de tocar o ritmo, e também por sua maneira de vestir e compor canções priorizando temas sociais.
Juan Pablo Díaz, vocalista da PVC, afirmou que seu grupo é conhecido por um estilo "peculiar" nas adaptações e instrumentação, esta última influenciada pela timba cubana, substituindo o bongô e o atabaque pela bateria, apresentando assim "um som mais agressivo".
Em relação às letras, explicou que adotam "a linguagem das ruas, mas com classe, sem ser vulgar", e os refrões são marcantes. Díaz disse também que a PVC, com 11 anos de carreira, sobrevive por meio da autogestão, uma vez as melhores apresentações são produzidas por eles mesmos.
Na opinião do diretor da San Juan Habana, Juan José Hernández, a salsa "está viva", em parte porque é o gênero "mais popular e as pessoas seguem dançando", ao contrário de outros.
"Não me queixo, porque recebemos o carinho do público, tocamos nas rádios e seguimos trabalhando e levando nossa mensagem para o povo dançar", afirmou Hernández, compositor de músicas como "Arroz con Habichuela", do El Gran Combo de Puerto Rico, e "Conteo Regresivo", de Gilberto Santa Rosa.
Gerardo Rivas, membro do NG2 e filho de Jerry Rivas, vocalista do El Gran Combo de Puerto Rico, lembrou que seu grupo foi criado há oito anos, época que descreveu como "o pior momento" devido aos problemas econômicos das gravadoras, mas que isso não foi um obstáculo.
"Esses anos nos deixaram mais fortes, não só na música, mas também nos negócios. Devemos mudar a forma pensar e me sentirei feliz quando a salsa estiver no topo", assegurou.
Rivas ressaltou que "um certo público" acha que a salsa morreu porque os jovens de hoje conhecem a música "a partir de Frankie Ruiz", que junto com Gilberto Santa Rosa, Víctor Manuelle e Jerry Rivera venderam milhares de discos cantando temas românticos.
"A salsa não desapareceu nem morreu. Se fosse assim, não estaríamos tocando", declarou Norberto Vélez, também do NG2, cuja intenção é dar um toque juvenil à salsa.
"Com o passar dos anos, as pessoas percebem o que o público vem assimilando o caminho que deve ser tomado. Foi difícil, mas não impossível", afirmou.
Oskar Villariny, diretor do Villariny Salsa Project, disse que o grupo se manteve firme em seus dois anos de carreira pelas apresentações que fizeram no exterior e porque mistura a salsa com a batucada.
"Buscamos sempre uma variação para agradar à juventude. Percebo que a salsa está viva ao viajar para países que jamais pensei conhecer", acrescentou.
Victor Rosario, membro do Villariny Salsa Project, acredita que a salsa se mantém viva graças a eventos como os Congressos de Salsa realizados ao redor do mundo, nos quais crianças participam de competições de dança.
"Então você se pergunta: 'A salsa morreu?'. O interesse pelo ritmo continua", disse Rosário, ex-integrante dos grupos Plena Libre e Zakandela.
San Juan, 24 mai (EFE).- Orquestra Macabeo, PVC, San Juan Habana, NG2 e Villariny Salsa Project são alguns dos grupos porto-riquenhos da nova geração da salsa que tentam manter vivo o ritmo latino.
O diretor da Orquestra Macabeo, José Ibañez, afirmou à Agência Efe que a salsa "não está morta", mas queixou-se de que os fãs preferem escutar os cantores mais famosos e se esquecem da nova geração.
"O que acontece é que as pessoas estão acostumadas a ouvir e viver das lembranças da salsa mais antiga e não escutam o que existe agora", declarou Ibáñez.
O músico explicou que a Macabeo, criada em 2009, foi formada porque seus integrantes gostam "da salsa antiga", em referência àquela produzida nas décadas de 1960 e 1970 em Nova York, porque, segundo ele, "a salsa atual não diz nada".
"Em Porto Rico, há muitos salseiros, mas muitos não conhecem as raízes do ritmo. O que importa é ser bonito e fazer dinheiro", disse.
Os integrantes da Orquestra Macabeo, conhecidos como 'macabiônicos', se caracterizam pelo estilo tradicional de tocar o ritmo, e também por sua maneira de vestir e compor canções priorizando temas sociais.
Juan Pablo Díaz, vocalista da PVC, afirmou que seu grupo é conhecido por um estilo "peculiar" nas adaptações e instrumentação, esta última influenciada pela timba cubana, substituindo o bongô e o atabaque pela bateria, apresentando assim "um som mais agressivo".
Em relação às letras, explicou que adotam "a linguagem das ruas, mas com classe, sem ser vulgar", e os refrões são marcantes. Díaz disse também que a PVC, com 11 anos de carreira, sobrevive por meio da autogestão, uma vez as melhores apresentações são produzidas por eles mesmos.
Na opinião do diretor da San Juan Habana, Juan José Hernández, a salsa "está viva", em parte porque é o gênero "mais popular e as pessoas seguem dançando", ao contrário de outros.
"Não me queixo, porque recebemos o carinho do público, tocamos nas rádios e seguimos trabalhando e levando nossa mensagem para o povo dançar", afirmou Hernández, compositor de músicas como "Arroz con Habichuela", do El Gran Combo de Puerto Rico, e "Conteo Regresivo", de Gilberto Santa Rosa.
Gerardo Rivas, membro do NG2 e filho de Jerry Rivas, vocalista do El Gran Combo de Puerto Rico, lembrou que seu grupo foi criado há oito anos, época que descreveu como "o pior momento" devido aos problemas econômicos das gravadoras, mas que isso não foi um obstáculo.
"Esses anos nos deixaram mais fortes, não só na música, mas também nos negócios. Devemos mudar a forma pensar e me sentirei feliz quando a salsa estiver no topo", assegurou.
Rivas ressaltou que "um certo público" acha que a salsa morreu porque os jovens de hoje conhecem a música "a partir de Frankie Ruiz", que junto com Gilberto Santa Rosa, Víctor Manuelle e Jerry Rivera venderam milhares de discos cantando temas românticos.
"A salsa não desapareceu nem morreu. Se fosse assim, não estaríamos tocando", declarou Norberto Vélez, também do NG2, cuja intenção é dar um toque juvenil à salsa.
"Com o passar dos anos, as pessoas percebem o que o público vem assimilando o caminho que deve ser tomado. Foi difícil, mas não impossível", afirmou.
Oskar Villariny, diretor do Villariny Salsa Project, disse que o grupo se manteve firme em seus dois anos de carreira pelas apresentações que fizeram no exterior e porque mistura a salsa com a batucada.
"Buscamos sempre uma variação para agradar à juventude. Percebo que a salsa está viva ao viajar para países que jamais pensei conhecer", acrescentou.
Victor Rosario, membro do Villariny Salsa Project, acredita que a salsa se mantém viva graças a eventos como os Congressos de Salsa realizados ao redor do mundo, nos quais crianças participam de competições de dança.
"Então você se pergunta: 'A salsa morreu?'. O interesse pelo ritmo continua", disse Rosário, ex-integrante dos grupos Plena Libre e Zakandela.
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