Romancista Philip Roth vence prêmio Man Booker International
Londres, 18 mai (EFE) - O romancista americano Philip Roth, conhecido por romances como "O Complexo de Portnoy" e "Trilogia Americana", ganhou o prêmio Man Booker International, anunciou nesta quarta-feira a organização.
Roth concorria com outros importantes escritores, entre eles, o espanhol Juan Goytisolo, o libanês Amin Maalouf, a italiana Dácia Maraini, as americanas Anne Tyler e Marilynne Robinson, os chineses Su Tong e Wang Anyi, os britânicos John le Carré, James Kelman e Philip Pullman e o canadense de origem indiana Rohinton Misty.
O anúncio do prêmio, de 68,4 mil euros (US$ 97.469) e que concede a cada dois anos a um autor vivo pelo conjunto de sua obra escrita diretamente em inglês ou amplamente traduzida a esse idioma, fez-se em entrevista coletiva realizada este ano na ópera de Sydney.
Entre os autores agraciados com o prêmio figuram o albanês Ismail Kadaré, que o recebeu em 2005, o nigeriano Chinua Achebe (2007) e a canadense Alice Munro, premiada há dois anos.
"Durante mais de 50 anos, os livros de Philip Roth, de raízes judias, estimularam, provocaram e divertiram milhares de pessoas", comentou o presidente do júri, Rick Gekoski.
"Sua imaginação não só transformou nossa ideia sobre a identidade judaica, mas reanimou o gênero da ficção e não só a ficção americana", acrescentou.
"Sua carreira é impressionante pelo fato de ter começado em alto nível e não deixou de melhorar. Com 50, 60 anos, quando a maioria dos romancistas começa a declinar, escreveu uma série de romances da máxima qualidade", disse também Gekoski. "Sua obra mais recente, 'Nemesis' (2010), é tão leve, memorável e viva como as anteriores", elogia o presidente do júri.
O próprio Roth, citado pela organização no comunicado, assinalou que "um dos prazeres especiais" que sentiu como escritor é o de saber que sua obra foi lida no mundo inteiro.
O escritor americano é autor de obras tão conhecidas e traduzidas como "O Complexo de Portnoy" (1969), a primeira que ganhou fama, "Operação Shylock" (1993), e "O Animal Agonizante" (2001).
Também é conhecido por sua trilogia na qual disseca a sociedade americana do século 20: "A Pastoral Americana" (1997), "Casei Com um Comunista" (1998) e "A Marca Humana" (2000).
Muitas de suas obras refletem os problemas de assimilação e identidade dos judeus norte-americanos, o que o vincula a outros autores de seu país como o prêmio Nobel Saul Bellow e Bernard Malamud.
O personagem que aparece com maior frequência em seus romances é o escritor Nathan Zuckermann através do qual Roth explora os aspectos tragicômicos da assimilação judia nos EUA, pelo qual recebeu críticas por alguns considerarem esse personagem de ficção seu "alter ego".
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