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Bob Dylan nega censura a suas canções na China

13/05/2011 14h34

Washington, 13 maio (EFE).- O cantor Bob Dylan se dirigiu nesta sexta-feira a seus fãs em seu site para esclarecer que no polêmico show que fez no mês passado na China, nenhuma das canções que ele queria tocar foi censurada.

Dylan, um ícone da "canção de protesto" desde a década de 70, se apresentou em Beijing em abril, ao qual assistiram cerca de 13 mil pessoas, segundo explica o artista na mensagem publicada em sua página.

A atuação de Dylan foi criticada nos Estados Unidos e na Europa porque o músico e poeta não fez menção ao famoso artista chinês Ai WeiWei, preso por sua dissidência política, e pela ausência no show de algumas de suas canções mais reivindicativas e conhecidas.

Alguns críticos assinalaram que o Governo chinês considerou algumas das canções mais famosas de Dylan como inaceitáveis, mas o artista explicou que, apesar de apresentar uma lista prévia das músicas que queria tocar, nenhuma foi proibida.

"Se houve alguma canção, verso ou linha censurado ninguém me disse, jamais, e tocamos e cantamos todas as canções que tínhamos intenção de tocar", afirmou Dylan.

Também esclareceu que no ano passado não foi suspensa uma visita à China, e que se não houve show foi porque "nunca houve acordos para fazê-lo".

"Não tínhamos intenção de nos apresentar na China então e, quando não ocorreu, o mais provável é que o promotor tenha salvado sua cara afirmando que o Governo chinês tinha me negado a permissão para que tocasse e cantasse", acrescentou.

"Se alguém tivesse se incomodado em verificar a informação com as autoridades chinesas teria ficado claro que as autoridades chinesas não se inteiraram de todo o assunto", disse Dylan, que completa 70 anos de idade no dia 24 de maio.

Ao se aproximar o aniversário de Dylan a revista Rolling Stone, proclamou que a canção "Like a Rolling Stone", de 1965, é a melhor na ampla produção do cantor.