Topo

Livro reacende polêmica sobre hábito de comer carne

10/05/2011 19h22

Madri, 10 mai (EFE).- Comemos carne diariamente mas preferimos não pensar muito em como o pedaço chegou no prato, talvez porque somos conscientes que ao saber os detalhes, perderíamos a fome, sugere o escritor Jonathan Safran Foer, na obra "Comer Animais" que reacendeu o eterno debate sobre o hábito de comer carne.

Safran Foer, considerado um dos jovens prodígios literários nos Estados Unidos, sabe que há muita gente que resistirá a leitura de seu novo projeto por medo que exista fortes argumentos que vão impedi-los de desfrutar um bom churrasco.

"Esses são precisamente os leitores que me interessam, porque obviamente estão preocupados com o tema e têm valores. Se não tivessem, leriam o livro e não seriam afetados. Se concordam comigo ou não, é o de menos, o importante é que estejam de acordo que é um assunto importante", assinala Safran em entrevista à Agência Efe.

O livro surge depois do sucesso de Safran Foer por trás dos romances "Está Tudo Iluminado" e "Extremamente Alto e Incrivelmente Perto".

Apesar de não poupar detalhes sobre sua pesquisa secreta de dois anos e a rotina de matadouros e exploração intensiva de gado, o escritor considera "realmente horrível" a constatação que "que a violência contra os animais não é acidental, mas consciente, como é também a destruição do meio ambiente".

De acordo com sua pesquisa, a comercialização por trás da carne é a responsável por boa parte do efeito estufa, de desproporcionais emissões poluentes no ar e na água e, sobretudo, a possíveis doenças pelo uso de hormônios.