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Irmãos Farrelly se mostram mais previsíveis em "Passe Livre"

05/05/2011 19h01

Alicia García de Francisco.

Redação Central, 5 mai (EFE).- Após o sucesso arrasador de "Quem Vai Ficar Com Mary?", os irmãos Farrelly iniciaram uma linha de comédias decrescente que não para com seu último filme "Passe Livre", que não tem o frescor e a transgressão de seus primeiros trabalhos.

"Passe Livre", protagonizado por Owen Wilson e Jason Sudeikis, é uma comédia sobre a maturidade imatura de personagens cuja juventude em histórias do tipo "O Clube dos Cafajestes".

E que em sua evolução não ganharam em verdadeira maturidade, mas sim em aburguesamento do mais puro estilo de vida de família classe média americana.

A história contada pelos Farrelly não tem nada de original e sim muito lugares comuns, de terrenos conhecidos, um pouco mais do mesmo.

Owen Wilson está tão superficial como é habitual e Sudeikis um pouco mais bem sucedido como o amigo, apesar de não conseguir se convincente parece pretendê-lo. Os atores interpretam dois amigos que se aproximam aos 40 anos, supostamente felizes em suas vidas familiares, com mulheres que os amam, bons trabalhos e filhos pequenos.

Mas, como em toda comédia que se preze, nada é o que parece. Eles não são tão felizes, suas mulheres apenas lhes apoiam, seus trabalhos não contribuem em nada e seus filhos os ignoram.

Perante esta situação, as sofridas esposas decidem dar-lhes uma semana de "passe livre", ou carta branca, para que façam o que quiserem, sem ressentimentos nem rancores, com a esperança que seus casamentos recuperem a 'chama' perdida.

A partir daí, vem toda a previsibilidade de uma comédia e além dos limites do direito que tinha "Quem Vai Ficar com Mary".

No "Passe Livre", os Farrelly se limitam a filmar uma comédia sem nenhum elemento que faça dela algo novo ou surpreendente. Uma história na qual trataram de colocar tantos elementos para que tenha de tudo, que no final não tem nada.