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Espada é protagonista de exposição em Paris

27/04/2011 18h10

Paris, 27 abr (EFE) - A espada -- como arma de guerra, elemento simbólico ou instrumento de lazer, propriedade de reis como Abu Abdullah, Felipe o Belo, Carlos Magno, e figuras lendárias como Joana d' Arc --, fará parte da exposição no Museu de Cluny a partir de quarta-feira com o título "L'Epée. Usages, Mythes et Symboles".

Até o dia 26 de setembro, o museu parisiense reunirá uma impressionante coleção de lâminas decoradas entre os séculos 5 e 15, muitas delas excepcionais e únicas, assim como manuscritos, quadros e objetos de ourivesaria e marfim.

No total, 120 peças relacionadas ao tema da espada serão expostas pela primeira vez em uma mostra monográfica, segundo disseram seus organizadores, o Museu Nacional Francês da Idade Média, a Reunião de Museus Nacionais franceses e o Grand Palais.

A exposição vislumbra a espada como arma de guerra mas também como símbolo de poder e de justiça, objeto de guerra e como um dos elementos "sem dúvida mais representativos da Idade Média", dado que nenhuma outra produção dessa época "levanta tanto interesse e fascinação", explicaram.

Da espada, presente em todas as civilizações que praticam a metalurgia, da Idade do Cobre até a época contemporânea, a exposição explora também aspectos técnicos de sua fabricação.

Entre os múltiplos usos possíveis desse instrumento formado por lâmina e empunhadura, o Museu ressalta o que foi sempre primordial, "vencer o inimigo e matá-lo", assim como sua importância na educação de cavalheiros e príncipes.

Além da guerra, com espadas como a do último rei de Granada, Abu Abdullah, feita de aço e adornada com prata, ouro, esmalte e marfim, a espada aparece também como instrumento-chave em práticas de lazer, da esgrima à caça.

O acervo também conta com a espada de Felipe o Belo, rei de Castela e pai de Carlos V, a "Joyeuse", de Carlos Magno e símbolos literários , em peças como as famosas "Durandal", espada de Roland, e "Excalibur".